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Docentes e TAEs do Ifal iniciam diálogos pela igualdade de gênero e raça nas relações de trabalho

por Roberta Rocha publicado: 06/06/2016 05h23, última modificação: 06/06/2016 07h43

Mais de 30 membros do quadro funcional do Instituto Federal de Alagoas - Ifal se reuniram na última quinta-feira, 2, na Reitoria do instituto, para refletir sobre ações e práticas de combate às desigualdades de gênero e raça. A iniciativa marcou o início do curso "Gestão e Equidade: (re)visitando relações de trabalho no Ifal", que segue nesta segunda-feira, 6, com mais um módulo de formação, no Campus Maceió.

Promovida pelo Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça (PEGeR) da instituição, a formação foi aberta pelo reitor Sérgio Teixeira e pelo pró-reitor de Pesquisa e Inovação do Ifal, Carlos Henrique Almeida. As professoras da Universidade Federal de Alagoas, Elvira Barreto e Telma Low, conduziram a discussão, onde apresentaram estatísticas de violência contra a população negra, as mulheres e as pessoas LGBT no Brasil.

"Esse momento é um marco na história do instituto, não só porque esse trabalho nunca aconteceu, mas porque estamos vendo condições reais de avançar na equidade das relações, de reconstruir a visão de gênero e raça dentro do ambiente organizacional. Apesar de ser o primeiro dia da capacitação, já começou com brilho", opinou Luiza Jaborandy, uma das participantes.

Para Danielly Spósito, coordenadora-geral do Comitê PEGeR, o nível de envolvimento dos servidores e das servidoras presentes na primeira etapa da formação surpreendeu as expectativas. "É de fato inovador a instituição estar trazendo esse debate, mas ainda mais gratificante ver que as pessoas compreenderam a dimensão desse propósito e estão empenhadas em articular novas vivências sobre o tema", declarou.

No encontro desta segunda-feira, 6, os facilitadores serão os professores Benedito Medrado e Jorge Lyra, da Universidade Federal de Pernambuco, com o tema "Paternidade e cuidado". Outros três módulos ocorrerão nos dias 16, 23 e 30 de junho, abordando linguagem inclusiva, diversidade, saúde e trabalho, em uma perspectiva de gênero e raça.

O comitê PEGeR abriu as inscrições para o curso no mês de maio e selecionou quem poderia participar da proposta com base em critérios como disponibilidade de horário, setor de lotação e interesse em se integrar aos comitês locais nos campi ou à comissão central pró-equidade.

Em busca do selo 

Qualificar docentes e TAEs para o desenvolvimento de práticas que promovam a equidade no Ifal é uma das atividades pactuadas pelo instituto com o Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça da Secretaria de Políticas para as Mulheres do governo federal.

Ao aderir ao programa, o Ifal propôs um plano de trabalho na área. Se, ao final de 18 meses, o desempenho na execução das ações for avaliado de forma satisfatória, será concedido um selo que marca o reconhecimento do compromisso institucional em promover, no mundo do trabalho, a igualdade racial e entre homens e mulheres. 

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