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Do Agreste ao Sertão: eventos em campi do Ifal colocam em debate a situação do negro no Brasil
Atividades marcam as celebrações da Semana da Consciência Negra na instituição de ensino
Instituído em homenagem à resistência e à luta do povo negro pela liberdade, o 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, é tradicionalmente comemorado no Instituto Federal de Alagoas - Ifal com práticas de reflexão e debate. Este ano, dois grandes eventos pretendem estimular a discussão de assuntos como preconceito racial, o papel do negro na sociedade, além de identidade e cultura afro-brasileira.
Um desses eventos teve início nesta terça-feira (17). Trata-se da 3ª Semana da Consciência Negra e Indígena do Campus Arapiraca. Com palestras, exposições e apresentações temáticas, docentes e estudantes estarão reunidos até a sexta-feira (20), na própria unidade de ensino, para abordar sob diferentes óticas o tema "Quilombo Consciência, Quilombo Resistência". Confira a PROGRAMAÇÃO.
O professor do Ifal Arapiraca, Sante Scaldaferri, concedeu entrevista ao Bom Dia Alagoas, programa veiculado na TV Gazeta de Alagoas, para falar sobre a realização do evento. Na oportunidade, ele convidou a comunidade interna e externa do instituto a participar das ações que ocorrerão no campus. "Negros e indígenas não são eles, somos nós", disse o docente aos telespectadores, no vídeo que pode ser assistido AQUI.
Já nos dias 18 e 19 de novembro, acontece o 2º Seminário da Consciência Negra do Campus Piranhas, na cidade do alto sertão alagoano. A iniciativa é aberta ao público e os interessados podem se inscrever até o dia do evento, no endereço https://doity.com.br/ii-seminario-consciencia-negra-ifal/. Esta edição tem como tema “A longa caminhada negra no Brasil: lutas, resistência e cultura”.
Para o professor Levy Brandão, organizador do seminário, os negros enfrentam no Brasil um cenário de discriminação, exclusão, opressão e, muitas vezes, de invisibilidade. Daí a importância, segundo ele, de promover espaços de discussão sobre tais temáticas. "Os negros tiveram participação fundamental na edificação da sociedade brasileira, mas só recentemente a história oficial e o Estado têm reconhecido essas questões. A trajetória do negro no nosso país foi marcada por muitas lutas e discutir isso permite-nos pensar sobre quem somos enquanto povo", analisa o docente.
Os participantes do evento organizado pelo Ifal Piranhas terão direito a certificado de 20 horas. A programação completa do seminário está disponível AQUI.