Depositada primeira patente do Ifal

Um momento histórico para o Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) da Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação do Instituto Federal de Alagoas (Ifal). É desta forma que a coordenadora do Núcleo descreve o depósito da primeira patente do Ifal no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), realizada na última terça-feira (18) pelo docente Edison Camilo, professor do Ifal desde 1996.

O invento denominado “dendrômetro eletrônico” é um dispositivo de medição que acompanha o crescimento das plantas, frutas, galhos e árvores, auxiliando profissionais da área agrícola e florestal. “Os dados são transmitidos via Wi-Fi, portanto funciona a distância, facilita a tomada de decisão e o acompanhamento da produtividade”, detalhou o inventor Edison Camilo. O equipamento está situado nas áreas de Eletrônica e Informática, especificamente no eixo conhecido como “Internet das Coisas”. O dispositivo foi desenvolvido no laboratório de informática do “Septo”, no campus Maceió.

O docente explica que o dispositivo vem sendo desenvolvido há mais de dois anos e contou com o auxílio do CNPq para a realização da pesquisa no período de 2014-2016, com investimento de quase 30 mil reais. Foi investido em torno de 6 mil reais na elaboração do equipamento. O docente teve o apoio da PRPI na etapa de prototipagem do dispositivo, o qual apoiou com a impressão 3D na Anacon. “Contei com a ajuda de servidores do NIT para a redação da patente e também de parecerista ad hoc”, relatou.

Daniele Gomes, coordenadora do NIT do Ifal, explica que já há 5 registros de propriedade intelectual do instituto, todos registros de programa de computador, sendo o “dendrômetro eletrônico” o primeiro depósito de patente do Ifal. Para realizar o depósito de uma patente, o NIT/Ifal verifica se atende aos requisitos de patenteabilidade, como ineditismo e aplicação industrial. “Após o depósito, há uma expectativa de direito de patente, pois o INPI leva de 8 até 12 anos para avaliar, mas o invento pode ser comercializado durante esse período”, afirmou.

Ela lembra ainda que o depósito da primeira patente do Ifal é resultado do doutorado em andamento do professor Camilo em Engenharia Industrial, possível devido ao convênio entre o Ifal e a Universidade Federal da Bahia (UFBA), celebrado em 2014. “Este é mais um fruto dos investimentos do Ifal em pós-graduação e na qualificação dos seus servidores”, ressaltou.