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Consup toma posse para Biênio 2024-2026

Membros do Consup pedem maior inclusão e representatividade feminina. Colegiado tem a presença de primeira conselheira cega.
por Jhonathan Pino publicado: 11/03/2025 11h55, última modificação: 11/03/2025 13h04

A comunidade acadêmica do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) pôde acompanhar, nesta segunda-feira (10), a cerimônia de posse dos novos membros do Conselho Superior (Consup) da instituição, para o Biênio 2024-2026. A cerimônia de inauguração do novo colegiado, que traz entre seus membros representantes das categorias docente, técnico-administrativa, discente, egressa e da sociedade civil, testemunhou o momento inédito, com a entrada de uma conselheira cega.

Aluna do Bacharelado de Sistemas de Informação e egressa do médio integrado de Informática, ambos da unidade de Arapiraca, Jousiclécia Almeida lembrou que a instituição exerce a missão da promoção de uma educação pública inclusiva.Aluna do Campus Arapiraca, Jousiclécia Almeida é a primeira conselheira cega a fazer parte do Consup.jpeg

“Esse momento representa um grande avanço e significativo na inclusão e na diversidade da instituição. Espero construir um legado inspirador e eu demonstre o verdadeiro potencial da educação. Quando unimos força, conseguimos transformar a realidade.”

Jousiclécia é uma das cinco representantes titulares dos discentes do Consup eleitos para fazer parte do órgão máximo do Ifal. Além dela, cinco docentes titulares, cinco técnico-administrativos titulares, dois egressos titulares, além de seus respectivos suplentes foram escolhidos pela comunidade acadêmica para ocupar o espaço de consulta e deliberação das principais ações institucionais.

Bárbara Guerreiro recordou o processo de institucionalização de políticas afirmativas no Ifal.jpegBárbara Guerreiro, eleita pelo segmento técnico administrativo, reforçou que o objetivo de compor o Consup é a luta e a defesa em prol da oferta de uma educação pública, de qualidade e socialmente referenciada. "Acredito que todos nós podemos fazer um trabalho integrado. É claro que divergências de ideias fazem parte de todo o processo democrático, mas desejo que possamos, cada um representando a pauta dos seus segmentos específicos, nos integrar em prol da nossa instituição”, pontuou.

A servidora recordou sobre o processo de institucionalização dos núcleos que visam promover a inclusão e a diversidade no Ifal.Felipe Carvalho é o conselheiro titular, representando o Sintietfal.jpeg

“A gente hoje está vivendo um dia histórico no Instituto Federal de Alagoas e isso graças a um trabalho que tem sido feito em todo o Ifal pela gestão da reitoria, que tem levantado a bandeira do trabalho e a defesa de políticas e ações inclusivas, afirmativas e de diversidade, mas também capilarizada nos campi por meio dos núcleos, que são representados especificamente hoje pelo Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas [Napne]. Não tenho como vir aqui e não deixar de registrar essa emoção de ver a nossa conselheira Josi, nossa estudante, companheira e parceira. Eu já tive a oportunidade de dizer a Josi que tenho orgulho de ter ela na nossa instituição”.

Anny Querubina pontuou como a participação  feminina pode contribuir para o exercício da empatia nas decisões institucionais.jpegBusca por maior representatividade feminina

Eleita para representar o segmento docente, a professora Anny Querubina não deixou de perceber que apesar dos avanços, as mulheres ainda são sub-representadas no órgão consultivo. Ela foi reconduzida pela segunda vez ao Consup.

“Não tinha como fazer uma fala sem mencionar a importância de ocupar esse espaço, como mulher. Sou a única representante na categoria docente. Eu me vejo como uma ilha nesse universo da representação docente. Vejo a Bárbara como uma ilha na representação dos técnico-administrativos. Vejo, como ilhas também, a Jousiclécia e a Maria Vivian, dentro da representação dos discentes. Com vocês, eu gostaria de travar a mais intrínseca aliança para que a gente faça um Conselho Superior sem abrir mão do olhar feminino, que é tão significativo, primordialmente em um momento em que as instituições democráticas de direito buscam salvaguardar a paridade de gênero”, pontuou.Reitor Carlos Guedes levou relatos de transformação de vida de alunos do Ifal.jpeg

Ao encerrar a solenidade, na condição de conselheiro nato, o reitor Carlos Guedes lembrou que o Ifal vem atuando em diferentes frentes, na promoção da inclusão, como parte da missão institucional de transformar vidas e cuidar das pessoas.

 “Hoje, o país possui outras 69 universidades federais e a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica é composta por 41 instituições e mais de 400 campi, espalhados pelo país, mas a única instituição que destina 70% de suas vagas para estudantes de escolas públicas é o Ifal”, enfatizou o gestor.

Completam o Consup, os pró-reitores do Ifal, cinco diretores-gerais das unidades, além de representações das entidades dos trabalhadores, Federação Nacional dos Técnicos Industriais (Fentec) e do Sindicato dos Servidores Públicos Federais da Educação Básica e Profissional no Estado de Alagoas (Sitietfal); de entidades patronais, Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea) e da Federação da Agricultura Pecuária do Estado de Alagoas (Faeal); de representantes do setor público, da Secretaria de Estado do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviçoes (Sedics) e da Secretaria de Estado da Ciência da Tecnologia e da Inovação (Secti).