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Consultorias do Ifal Arapiraca buscam melhorar desempenho de empresas do agreste alagoano
Ação faz parte do Programa IF Mais Empreendedor e acontece entre junho e novembro deste ano
Cinco empresas na área de varejo de automóveis, vestuário, serviços de estética, restaurante e de artigos para animais de estimação estão recebendo assessoria do Campus Arapiraca desde junho passado, a partir do Projeto: “Estratégias e Ações de Gestão e Tecnologia para Micro e Pequenos Empreendedores (MPEs) e/ou Empreendedores Individuais da Região de Arapiraca e Entorno”, uma das propostas selecionadas pelo Programa IF Mais Empreendedor, desenvolvido pelo Instituto Federal de Alagoas (Ifal) com a finalidade de minimizar impactos negativos da pandemia de Covid-19.
Desde aquele mês, uma equipe formada por seis alunos bolsistas e cinco professores voluntários vêm se revezando no acompanhamento, produção de diagnósticos e elaboração de planos de ações utilizados pelas empresas participantes do programa. A professora Manuella Lyra, do Campus Arapiraca é a coordenadora do projeto.
A docente comentou que a seleção das empresas foi realizada com a ajuda da Casa do Empreendedor de Arapiraca. A partir de então, a equipe fez um levantamento de informações de suas histórias, dos desafios e problemas dos empreendimentos, o que permitiu fazer um diagnóstico organizacional de cada um dos envolvidos.
Colhidos os dados, foi elaborada uma análise SWOT de cada uma das empresas, com a construção dos fatores internos (pontes fortes e fracos do negócio) e dos fatores externos (ameaças e oportunidades).
“As empresas foram muito receptivas, até pela necessidade do momento; a dificuldade encontrada foi a constatação física do ambiente, esta ficou impossibilitada pela pandemia, nosso contato foi 100% online”, comentou Manuella.
Levantamento das necessidades específicas dos empreendimentos
Com as restrições do distanciamento, todas as empresas participantes passaram por ao menos cinco reuniões, realizadas de forma remota, onde foram discutidos possibilidades de reestruturação do negócio, da criação de uma plano de marketing, ou mesmo um estudo de mercado para reposicionamento de produtos.
Para analisar o ambiente interno de forma mais aprofundada sobre cada um dos empreendimentos, a equipe dividiu-se em duplas, formadas por um aluno e um docente, que se debruçavam sobre suas especificidades.
A estudante do curso de Informática, Thayná Ingrid e o professor Douglas Menezes formaram a dupla que acompanhou a Lilaços, uma empresa que fabrica e vende acessórios infantis, como laços, tiaras e presilhas. Juntos, eles pensaram nas tecnologias que poderiam ser utilizadas no negócio. Conforme o docente, parte das ações sugeridas já está sendo adotada pela empresa.
“Fizemos um levantamento sobre algumas informações que foram fundamentais para indicar o que seria melhor para o seguimento da Lilaços. Sugerimos quais equipamentos a empresa deveria comprar, quais serviços utilizar, quais técnicas de marketing digital, se vai terceirizar a gestão de tráfego ou se vai treinar uma pessoa da empresa pra isso”, comentou.
Formação empreendedora
Os participantes comentam que além de auxiliar as empresas, o projeto tem impacto na formação dos alunos envolvidos, “pois nele foi possível trabalhar vários conceitos referentes ao empreendedorismo. Principalmente no que diz respeito a organização empresarial, envolvendo várias áreas, tais como, tecnologia, marketing, estratégias de venda, captura de leeds, etc”, detalha Douglas.
Thayná ressalta que foi por meio remoto que puderam ser realizados o mapeamento de parcerias viáveis; de fornecedores estratégicos; dos concorrentes e terceirizados, tanto para serviço de entrega, quanto para produção. Também foram levantados os recursos tecnológicos viáveis para a Lilaços, que também teve pensado um plano de marketing e uma estratégia comercial para vendas em eventos para o seu negócio.
“Manter esse contato foi importante, para mim, pois foi possível conhecer, de fato, a empresa e o seu funcionamento. Aprendi bastante com a experiência, coisas que com certeza irão me ajudar não só na parte empreendedora, mas também na organização pessoal”, comentou a aluna.
Resultados esperados
Como o IF Mais Empreendedor tem entre suas pretensões alavancar o faturamento dos negócios, melhorar processos organizacionais; desenvolver o universo tecnológico e melhorar a empregabilidade na região, também foram criados critérios para avaliar os resultados. Nesse sentido, as empresas passam por pesquisas de satisfação, como também está sendo verificado se ao menos 30% das ações propostas pela equipe do IF Mais Empreendedor foram cumpridas até o final de novembro, quando o projeto chega ao final.
Para Tânia Albuquerque, o resultado está sendo gratificante. Ela comentou que a Gelatto, uma sorveteria que atua há mais de 10 anos no mercado, com fabricação própria de seus produtos, estava passando por problemas financeiros por causa da pandemia e da falta de mão de obra, quando ficou sabendo da seleção do IF, pela Casa do Empreendedor.
“Chegamos a conclusão que deveríamos dar um tempo e refazer um novo modelo de gestão do negócio. Foi aí que entrou a consultoria, de modo muito especial fui recebida pela equipe do Ifal e como coordenadora, a professora Manuella, que possui um conhecimento fabuloso e me deixa muito a vontade para dar a minha contribuição. Percebo que as conclusões são fechadas com muita leveza. Consigo vê uma nova Gelatto. Uma nova forma de administrar a minha empresa, um grande e necessário recomeço. Gratidão pela oportunidade”, expressou a empresária.
Confira outros projetos do programa na série Ifal Empreende com a Comunidade.