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Como o racismo afeta a saúde mental? Ifal propõe reflexões no Setembro Amarelo

Atividade está marcada para a próxima quarta-feira, 27, às 14h
por Elaine Rodrigues publicado: 22/09/2023 11h40, última modificação: 22/09/2023 12h06

O mês de setembro é voltado para campanhas de cuidados com a saúde mental no Brasil. No Instituto Federal de Alagoas (Ifal), diversas ações estão sendo realizadas para ajudar a comunidade acadêmica a lidar com questões que interferem na saúde mental e, na quarta-feira, 27, às 14h, uma atividade vai tratar das implicações do racismo na saúde mental de pessoas negras.

O assunto vai ser abordado em uma live que vai ser transmitida pelo Youtube do Ifal (neste link) e vai ficar disponível para o acesso. A Coordenadoria de Ações Inclusivas do Ifal convidou a psicóloga Maria Natália Rodrigues para falar sobre o tema, com mediação do professor Marcos Paixão, que é integrante do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi) do Campus Penedo.

“A gente sai dessa concepção de saúde mental de uma forma individualizante, pensando que a saúde mental só está ligada a fatores individuais. Mas, a gente hoje fala de processos psicossociais; a saúde mental tem a ver com questões sociais, com questões econômicas, com a questão cultural. Tudo isso influencia na nossa saúde mental”, explicou Bárbara Barbosa, que é psicóloga e coordenadora de Ações Inclusivas do Ifal.

Além do racismo em si, que traz consequências para a saúde mental, Bárbara cita pesquisas que retratam maiores dificuldades econômicas e sociais para pessoas negras. “Estatísticas mostram que na população carcerária, a maioria é negra; o desemprego atinge mais pessoas negras; pessoas que têm uma renda menor são pessoas negras. Então, tudo isso vai interferir. Se eu não tenho emprego, isso interfere na minha saúde mental. Se eu tenho dificuldade de acessar emprego isso interfere na saúde mental. Vai interferir no acesso à educação, aos direitos básicos. Então, a gente vai pensar na saúde mental de forma ampla”, ressaltou.

Como procurar ajuda

O Ifal possui um sistema de ingresso de estudantes que destina 70% das suas vagas a cotas de discentes vindos de escolas públicas, entre eles estudantes negros. Os Neabis, presentes em todos os 16 campi da instituição, atuam em ações sobre questões étnico-raciais. A instituição também conta com atendimento psicológico disponível aos estudantes.

Se você estuda no Ifal e quer entrar em contato com esses serviços, busque pelos servidores do setor de Assistência Estudantil do seu campus. Em caso de dificuldades, entre em contato pelo e-mail da Coordenação de Assistência Estudantil () ou da Coordenação de Ações Inclusivas (dpe.cai@ifal.edu.br).