Cepe discute reestruturação de cursos técnicos integrados e mantém deliberação que aprova diretrizes

O reitor do Instituto Federal de Alagoas, Carlos Guedes, e os integrantes do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) se reuniram nesta quarta-feira, 18, para uma nova análise e proposição de sugestões para a reestruturação dos cursos técnicos integrados ao ensino médio da instituição. Também foi apreciado e indeferido o pedido de suspensão dos efeitos da deliberação de número 34 do Cepe, a qual estabeleceu as diretrizes institucionais para os cursos técnicos integrados.

O pedido de suspensão foi impetrado pelo Sindicato dos Servidores Públicos Federais da Educação Básica e Profissional do Estado de Alagoas (Sintietfal), alegando a falta de competência do conselho para aprovar as diretrizes. No entanto, o relator do processo, o conselheiro Augusto de Oliveira, mostrou toda a legislação que garante ao Cepe a delegação para deliberar sobre o assunto.

“O Cepe tem a prerrogativa de alteração curricular de cursos (delegada pelo Conselho Superior do Ifal) e as diretrizes têm como objetivo a alteração dos planos pedagógicos dos cursos, o que implicará na alteração curricular. Esclarecendo assim que toda a ação do Cepe foi baseada em documentos e atos legais outorgados pela instituição, não existindo dúvida quanto à atuação deste conselho e excluindo todo e qualquer ‘vício’ em sua aprovação”, esclareceu o conselheiro.

Augusto de Oliveira também analisou as sugestões apontadas pela comunidade acadêmica na reunião do Conselho Superior do dia 4 de setembro, quando o assunto foi colocado em pauta. Ele fez considerações sobre a questão das atividades não presencias e aulas de 45 minutos para evitar o contraturno dos estudantes.

Sobre as atividades não presenciais, o conselheiro lembrou que elas são previstas em outros documentos, como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, mas após os questionamentos apontados na reunião do Conselho Superior, Augusto sugeriu a retirada do termo ‘ou em sua totalidade’ do parágrafo 2º do artigo 23, que faz referência à possibilidade de que quaisquer componentes curriculares sejam desenvolvidos à distância.

Os debates também contaram com a participação da comunidade acadêmica, que trouxe novas sugestões, como um novo estudo de viabilidade de duração da hora aula para 45 minutos, que será analisado para que seja apreciado pelos integrantes do Conselho Superior na reunião que está marcada para sexta-feira, 20.

“Qualquer elemento precisa ser avaliado sob o ponto de vista da qualidade, pensando na permanência e êxito dos nossos estudantes. Precisamos discutir a qualidade do nosso trabalho, o que estamos fazendo e como é possível melhorar. Então, essa reunião do Cepe, a próxima do Consup, assim como a do dia 4 servem para essa discussão. Todos nós aqui queremos uma instituição sólida, forte, queremos dar conta de nossa missão institucional, de oferecer educação pública, gratuita e de qualidade social para todos que dela demandam”, afirmou a pró-reitora de Ensino, Cledilma Costa.

O reitor Carlos Guedes, que preside o Cepe, também ressaltou a importância de manter o diálogo para viabilizar o crescimento da instituição. “Esse debate de ideias é necessário, essas proposições são importantes para a gente refletir sobre novas possibilidades para a instituição. É uma preocupação nossa que as medidas sejam tomadas com responsabilidade e visando sempre a qualidade do ensino”, afirmou o reitor.