Campus Batalha recebe Reitoria itinerante para diálogo entre gestores, servidores e alunos

Nesta terça-feira (6) foi a vez da unidade de Batalha receber a gestão do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) para mais uma edição do Reitoria no Campus. Ao longo do dia, o reitor Carlos Guedes, pró-reitores, representantes do Diretoria de Gestão de Pessoas (DGP), da Corregedoria e da Ouvidoria conversaram e buscaram sanar dúvidas de alunos e servidores da unidade do Médio Sertão e ainda visitaram as obras da sede definitiva da unidade. 

Logo após a apresentação da equipe sistêmica e da estrutura do Ifal, para os presentes, os alunos foram os primeiros a fazer seus questionamentos, sobre a continuidade dos auxílios financeiros e a possibilidade de flexibilização do fardamento. Como forma de dirimir as dúvidas, a pró-reitora de Ensino (Proen), Cledilma Costa, salientou que a atualização do regimento estudantil em 2023 colocará em debate a possibilidade de uso de vestimentas e calçados sugeridos pelos estudantes. Ela foi completada pelo Pró-reitor de Administração (Proad), Heverton Andrade, que destacou a continuidade e regularização dos pagamentos das políticas estudantis.

“Os recursos direcionados ao Ifal vem decrescendo nos últimos anos, no entanto, os valores destinados aos auxílios foram mantidos. No último mês, o governo fez um bloqueio geral e hoje estamos com as nossas contas bloqueadas, mas eu posso garantir que a política estudantil vai continuar existindo e os compromissos em atraso serão pagos, logo que houver a liberação desses bloqueios”, justificou o pró-reitor.

Representantes do Grêmio Estudantil, os estudantes Gabriel Melo e Heloísa Quintela também questionaram a viabilização de fornecimento de recursos materiais para as ações do coletivo.

“Com relação ao material, vocês podem solicitá-lo, que a gente resolve, mas é importante conversarmos com a Pró-reitoria de Ensino, para vermos como viabilizar a ajuda de custos para os eventos que vocês buscam realizar”, respondeu o reitor.

Após a fala dos estudantes, os servidores puderam fazer questionamentos sobre as condições de trabalho no Campus. Eles foram representados pelo Chefe do Departamento de Ensino da unidade, Magno Luiz de Abreu, que apontou a necessidade de formação pedagógica para os docentes, a destinação de mais recursos para a assistência estudantil e compra de equipamentos a serem utilizados nos laboratórios. Ele foi completado pelo Coordenador de Pesquisa, Extensão e Estágio, Filipe Melo, que ressaltou que a falta de materiais impossibilita a realização de pesquisas no Campus.

Enquanto Cledilma Costa apontou a oferta de especialização para o ensino em EPT, pelo Ifal, e ressaltou que a pró-reitora de Ensino está aberta a sugestões de formações gerais, a pró-reitora de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação (PRPPI), Eunice Palmeira, antecipou a criação de novos editais que irão atender a parte daquelas demandas.

“Como forma de financiar as atividades dos mestrados, criamos o edital de Apoio aos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu, ofertados pelo Ifal, também ofertamos o Programa de Apoio à comunicação científica, que destina recursos para Reembolso da Taxa de Revisão, Tradução e Publicação de Artigos em Periódicos Científicos, por exemplo, que não foram totalmente utilizados, porque não houve a procura dos servidores. Mas hoje estamos andando com novos editais, um deles visa atender aos grupos de pesquisas do Ifal. Ainda estamos formulando as regras, mas esse pleito deve beneficiar ao menos um grupo em cada campus”, planeja Eunice.

No ato, o reitor comentou como o Campus Batalha foi pioneiro no Ifal, na oferta do ensino remoto, no início da pandemia, e no fornecimento de alimentação para os estudantes, por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Ele ressaltou que ações como estas, ligadas ao emprenho dos professores no ensino e nas pesquisas, vêm ajudando no processo de transformação da vida das pessoas da região e lembrou-se de sua trajetória, enquanto professor e gestor no Campus Palmeira dos Índios, onde pôde trabalhar com o atual diretor geral da unidade de Batalha, Marcos Serafim, e conhecer sua atuação em prol da instituição.

“Estamos aqui para ouvir, com a consciência que temos muitos desafios e que a gente não opera milagres. Mas que aqui existe uma equipe que mal dorme, pensando em atender as demandas que a unidade tem”, reforçou Carlos Guedes.