Bibliotecários e gestores discutem a institucionalização do Sistema de Bibliotecas do Ifal

Bibliotecários e dirigentes do Instituto Federal de Alagoas - Ifal se reuniram de forma remota, na última sexta-feira (19), para discutir a institucionalização do Sistema de Bibliotecas (Sibi) do Ifal. O grupo de profissionais da área apresentou ao reitor Carlos Guedes e à pró-reitora de Ensino Cledilma Costa um documento elaborado coletivamente com as justificativas de criação do Sibi e a proposta de inclusão da vaga de bibliotecário documentalista no organograma institucional.

No documento, também constava os objetivos a serem atingidos com a formalização da proposta, o panorama atual da gestão sistêmica da rede de bibliotecas do Ifal e da estrutura gerencial em outros institutos federais, além dos avanços conquistados pelos Grupos de Trabalho de bibliotecários no Ifal nos últimos anos.

"Acho que é importante a gente ter essa gestão sistêmica para fortalecer. Esse documento registra a situação atual, onde queremos chegar. Isso é fundamental quando se trabalha com planejamento, para definir regras e a estrutura. Mas, claro, entendendo as particularidades de cada campus", pontuou o reitor Carlos Guedes.

Conforme exposto pela bibliotecária Aparecida Maria da Silva na ocasião, o Sibi faz a gestão integrada das bibliotecas de uma instituição e permite uniformizar as práticas desenvolvidas, alinhando os objetivos e o planejamento das ações. A iniciativa gera padronização e compartilhamento de serviços e produtos entre as unidades integrantes do sistema. Por isso, os profissionais da área defendem a implementação da medida no Ifal.

"As bibliotecas vêm promovendo ações de uma forma bastante descentralizada e essa descentralização que ocorre não consegue impactar no Instituto. As ações ficam muito restritas ao campus. A gente agindo localmente, como vem ocorrendo, as bibliotecas continuarão dispersas", complementou a bibliotecária Luiza Glaciete Freire.

O reitor se comprometeu a buscar uma solução conjunta para as demandas apresentadas e ingressou, com a pró-reitora Cledilma Costa, na comissão criada para dar continuidade às discussões e iniciar os trâmites de sistematização do Sibi no Ifal. O próximo passo do grupo será a definição do cronograma de atuação e das ações prioritárias.

Encaminhamentos - Além da formação da comissão, os participantes da reunião apontaram a possibilidade de atualizar, por meio de portaria, as atribuições e competências da gestão sistêmica das bibliotecas no Ifal em substituição à Portaria nº 1219/GR de 07 de junho de 2017, que criou o cargo para bibliotecário na Reitoria. 

Embora a vaga em questão tenha sido disponibilizada com a intenção de integrar o setor biblioteconômico da instituição, o cargo ainda não se encontra no organograma institucional e essa é uma das reivindicações dos profissionais da área.

Segundo eles, a implantação de um Sistema de Bibliotecas em substituição à atual gestão sistêmica existente na Reitoria vai conferir autoridade ao profissional gestor do Sibi para ocupar espaços de decisão no Ifal, definir uma política organizacional em rede, dar autonomia institucional para executar ações, delegar atividades aos demais bibliotecários e estabelecer relações com outros setores da instituição, bem como facilitar a interlocução da categoria no trâmite de processos administrativos, como no envio de memorandos, por exemplo.

Defensora da formalização do Sibi como estratégia para fortalecer a articulação e a representatividade do segmento, a bibliotecária Franciane Monick Gomes apontou a presença da gestão sistêmica na Reitoria como um avanço, mas aposta que o Sibi trará mais conquistas, à medida em que o profissional responsável por gerenciar o sistema além de ser a ponte com outros bibliotecários da instituição, deve atuar como mediador junto aos gestores da Reitoria e dos campi. 

"A nossa sugestão é padronizar e vincular todas as bibliotecas ao Ensino de seus campi. Atualmente, algumas são coordenações, algumas são direção, algumas estão no Apoio Acadêmico", acrescentou. 

Para a bibliotecária Gicelle Silva, a institucionalização também pode resultar no aumento da oferta de serviços dos bibliotecários na instituição. "Esse movimento vai nos ajudar muito na otimização de nossas atividades, para a gente dar suporte informacional ao tripé ensino, pesquisa, extensão e estar mais atuante em nossa comunidade acadêmica", resumiu.

Participaram ainda da reunião de discussão sobre o Sibi o chefe de gabinete Zoroastro Neto e a chefe do Departamento de Comunicação e Eventos do Ifal, Melissa Menezes.