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Apresentações orais de servidores do Ifal debatem temas da área de Letras, Artes e Linguística

Atividades ocorreram na tarde de 1º de dezembro, no 10º Connepi

publicado: 02/12/2015 10h32, última modificação: 02/12/2015 17h28

O 10º Congresso Norte Nordeste de Pesquisa e Inovação possibilitou, na tarde de terça-feira (1º), em Rio Branco/AC, o debate de temas da área de Letras, Artes e Linguística por meio das apresentações orais de participantes do evento. Entre elas, a atuação de quatro servidores do Instituto Federal de Alagoas - Ifal chamou a atenção.

Do Câmpus Penedo, o técnico administrativo Aguimário Pimentel fez uma análise dos tópicos de conversação do programa Roda Viva, da TV Cultura de São Paulo. Ele explicou como as temáticas são estruturadas dentro dos diálogos estabelecidos no programa.

Em um primeiro momento, o pesquisador esclareceu que o Roda Viva é um produto híbrido, por conter a entrevista e o debate, dois gêneros orais diferentes. A partir dessa constatação, a pesquisa do servidor avança ao propor a utilização do programa como recurso no ensino da Língua Portuguesa, para tratar de gêneros textuais. "Dessa forma, o aluno poderá compreender que os gêneros nunca são categorias fixas, eles se entrecruzam", defende. 

Para o servidor, a utilização do programa enquanto objeto de aprendizagem atende também à recomendação da Base Nacional Comum Curricular de dar ênfase à inserção das linguagens midiáticas no ensino de línguas e na educação de modo geral.

Artes no Enem

Também do Ifal Penedo, o professor Almir Tavares trouxe para o Connepi uma discussão sobre a ausência dos gêneros artísticos nas questões de arte do Exame Nacional do Ensino Médio. O docente analisou durante 16 anos a aparição e o realce dado ao assunto nas provas do Enem e chegou à conclusão de que a falta de questões desse tipo dá pouca visibilidade à disciplina. "A partir do momento em que os dados quantitativos aumentam, é possível argumentar a necessidade de professores de Artes nos cursos preparatórios para o exame, por exemplo".

Almir Tavares aposta na relação entre a representatividade do tema Artes no Enem e o destaque conferido à disciplina no currículo escolar. "São ações que configuram que 'a Arte existe'. Inclusive, espero que nos próximos anos o tema da redação do Enem seja voltado para arte", indica.

Autoria em foco

Como avaliar as marcas de autoria em textos escolares? A professora Cleide Calheiros, do Ifal Viçosa, refletiu a complexidade desse processo em sua pesquisa apresentada no Connepi. A partir da pontuação utilizada por alunos do 7º e 8º anos do ensino fundamental em textos do gênero Memórias Literárias, que são narrativas elaboradas para rememorar o passado vivido ou imaginado, a docente analisou em cada produção os indícios daquilo que chama de movimentos de singularização. 

"Ninguém ensina ao outro a ser autor, mas como se construir como autor, de uma forma bem singular. Isso envolve, além de trabalhar o seu 'como dizer', as escolhas linguísticas, os dialogismos e o olhar para o próprio texto", detalhou a pesquisadora.

Webquest na formação docente

Uma metodologia de pesquisa orientada para a utilização da internet na educação, a Webquest, foi objeto de estudo do professor do Campus Satuba, Marcos Dias. O resultado dessa observação ele apresentou pela primeira vez no 10º Connepi, sob o título "Uso da Webquest como interface pedagógica na formação docente". 

De acordo com Marcos Dias, a interface mencionada tem interferido de forma positiva no ensino-aprendizagem da língua portuguesa na unidade de ensino onde ele atua. "A Webquest é uma ferramenta colaborativa que proporciona ao aluno autonomia na busca pelo conhecimento. O uso da tecnologia em sala de aula faz despertar o letramento crítico, ou seja, eles vão em busca dos caminhos para a resolução da tarefa", afirma.

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