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Aluno do Campus Maceió é selecionado para o Jovens Embaixadores 2017

publicado: 01/11/2016 09h40, última modificação: 04/11/2016 11h29

Anny Rochelly e Jhonathan Pino - jornalistas

O último final de semana foi de comemoração na casa de Gabriel Araújo. É que o aluno do 4º ano do curso técnico de Informática do Campus Maceió, do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), havia recebido na quinta-feira, 28, o resultado do Programa Jovens Embaixadores, promovido pela Embaixada dos Estados Unidos. No comunicado, constava a decisão de que o seu nome estava entre os 50 escolhidos para representar o país, por três semanas, na nação norte-americana.

Entre os dias 13 de janeiro e 4 de fevereiro, os estudantes farão visitas a locais históricos e turísticos da capital americana, Washington, participarão de oficinas e palestras com membros do Governo e depois disso, terão uma experiência de imersão em diferentes partes do país, onde serão acolhidos por famílias norte-americanas e convidados a participarem de aulas e trabalhos voluntários em escolas e projetos sociais, nas comunidades em que estiverem inseridos. No final da viagem, eles apresentarão planos de ação na área de voluntariado, que serão implementados em suas comunidades de origem, após o retorno ao Brasil. 

Gabriel nos contou que sua trajetória atendeu aos critérios do programa. Além de ser aluno de escola pública, possuir entre 15 e 18 anos, e ter bom conhecimento da língua inglesa, ele vem participando de trabalhos voluntários desde que entrou no Ifal.

"Desde março de 2015 sou engajado em projeto de pesquisa na área de informática. Através da pesquisa, criei, juntamente com o professor Jarbas Cavalcante, coordenador do curso técnico de Informática no Campus Maceió, um projeto de irrigação automatizado, para prevenção de morte e doenças em plantas. Com o resultado, fui convidado, ainda em 2015, para a participação no Connepi [Congresso Norte-Nordeste de Pesquisa e Inovação], no Acre.  A experiência do congresso me fez ingressar e fazer parte ainda atualmente da rede de voluntários Cientista Beta, em que jovens de todo o Brasil participam, voluntariamente, de projetos científicos", detalhou Gabriel.

Ele acredita que outras atividades ainda contaram pontos para a sua escolha para o Programa. "Em 2015 me dediquei a ensinar robótica para alunos do ensino fundamental de uma escola estadual e prepará-los para a Olimpíada Brasileira de Robótica. Também fui voluntário no grêmio estudantil Edson Luís, Campus Maceió, como Secretário-Geral e sou um dos diretores do grupo literário do Ifal Maceió, o Tertúlia, sob coordenação da diretora-geral Jeane Melo", adiciona.

Além disso, Gabriel também atribui a conquista ao contato e trabalhos desenvolvidos junto a professores do Ifal. "Durante o ensino médio, o professor Carlos Argolo foi crucial ao me orientar na monitoria de física do instituto, sempre me motivando a continuar estudando para as olimpíadas científicas. Foi ele, juntamente com o professor Jarbas Cavalcante, que escreveu minha carta de  recomendação para o programa, já que ele mesmo estudou nos Estados Unidos e sabia que eu poderia contribuir como Jovem Embaixador nos EUA", ressaltou.

Troca de experiências

Gabriel lembra que é a primeira vez que irá viajar para fora do país, mas a busca por oportunidades já faz parte da história de sua família. Seus pais, por exemplo, são oriundos dos municípios de Palmeira dos Índios e Mar Vermelho e foram viver em Maceió como forma de melhorar suas condições de vida.

"Assim, desde pequeno, eu cresci em Maceió, com uma mentalidade de crescimento parecida, sempre sonhador e  buscando novas oportunidades. Bastante ativo, comecei sendo acólito e participando de grupos na igreja e, desde cedo, me interessei pela leitura. Durante toda a infância observei, através de filmes e livros, aquele mundo tão rico e cheio de atrações que representava os Estados Unidos. Ao conhecer cada vez mais da cultura estadunidense, crescia em mim o enorme desejo de conhecer o país", lembrou.

Mas como o Programa não é de uma só via, faz parte do Jovens Embaixadores o compartilhamento de suas trajetórias de vida e da cultura brasileira na comunidade em que estiverem inseridos. Como lembra Gabriel, parte dessas experiências foram adquiridas no Ifal.

"No mesmo ano em que ingressei no Ifal, fui aprovado no concurso de Jovem Aprendiz da Eletrobras. Assim, dividia o início do meu ensino médio com o estudo de Redes de Computadores no Senai e posteriormente o trabalho na Eletrobras. Com os meus salários, pagava um curso de inglês e aprendia a língua que me ajudou a ser escolhido jovem embaixador alagoano. No Ifal, fui monitor de inglês, auxiliando alunos com provas e assuntos pertinentes à língua, e monitor de Física, sob orientação do professor Carlos Argolo, passando a participar e ser premiado nas Olimpíadas Científicas", se orgulha Gabriel.

O Programa Jovens Embaixadores existe desde 2002 e desde então já selecionou cerca de 500 jovens para participarem desse intercâmbio cultural, entre o Brasil e os Estados Unidos. 

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