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Agosto Lilás no Ifal: atividades debatem prevenção à violência contra a mulher
Diversos campi realizaram palestras e discussões para promover a conscientização sobre o tema
Combater a violência contra a mulher ainda é um desafio para o Brasil. O levantamento deste ano feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostra que para cada dez mulheres, quase três sofrem violência, agressão ou assédio. O assunto preocupa a comunidade acadêmica do Instituto Federal de Alagoas e, nesse mês de agosto, foi tema de aulas, discussões e atividades de conscientização em diversos campi da instituição.
No Campus Piranhas teve seminário, show e palestras sobre a violência contra a mulher e a conscientização. O evento aconteceu no dia 22 de agosto e foi promovido pela Assistência Estudantil do campus. A programação começou com o seminário promovido pela professora Sara Angélica sobre o histórico do feminismo no Brasil. Depois, o campus recebeu Isabela Cristina Reis, profissional da Superintendência de Atenção à Saúde do estado de Alagoas. Em seguida teve a apresentação musical da cantora e compositora Suzi Mariana. À noite, a psicóloga do campus, Dúnia de Cássia, ministrou palestra sobre a conscientização da violência contra a mulher.
Em São Miguel dos Campos, no dia 27, uma roda de conversa reuniu a advogada Thayana Beril, assistente de biblioteca do campus, e a psicóloga Bárbara Guerreiro, do Campus Penedo, em uma discussão sobre meio para combater a violência contra a mulher. O evento foi organizado pela pedagoga do campus, Lucielma Semião da Silva.
E no Campus Marechal Deodoro foi lançada a campanha “Amor à Vida”, que integra atividades de conscientização relacionadas às campanhas nacionais do Agosto Lilás, Setembro Amarelo e Outubro Rosa. As campanhas visam informar, discutir e combater o abuso sexual infanto juvenil, o combate ao suicídio e o combate à violência contra a mulher.
Outra atividade do Agosto Lilás foi uma campanha de conscientização virtual feita pelos integrantes do Projeto de Ensino Leia Mulheres Marechal Deodoro, coordenado pela professora Elaine Rapôso. A campanha explicou aos estudantes como o feminismo está ligado ao combate à violência contra a mulher, com cartazes baseados na leitura do livro “O femininismo é para todo mundo”, de Bell Hooks.
Fórum Brasileiro de Segurança Pública
“Enfrentar a violência contra a mulher exige romper muitas barreiras, que se estendem desde os ‘pré-conceitos’ e machismos naturalizados até os fatores que mantêm as mulheres em silêncio como temor, vergonha, crença na mudança do parceiro e revitimização por parte de autoridades e da sociedade”.
A pesquisa Visível e Invisível: a vitimização de mulheres no Brasil ouviu 1092 mulheres de 16 anos ou mais, de 130 municípios de todas as regiões do Brasil. O relatório diz que “enfrentar a violência contra a mulher exige romper muitas barreiras, que se estendem desde os ‘pré-conceitos’ e machismos naturalizados até os fatores que mantêm as mulheres em silêncio como temor, vergonha, crença na mudança do parceiro e revitimização por parte de autoridades e da sociedade”.
Ainda de acordo com o relatório, para mudar essa realidade é preciso informar, aconselhar e acreditar nas mulheres. Toda mulher tem direito à proteção e as vítimas podem denunciar casos de violência pelo número 180.
Agosto Lilás
Foi no mês de agosto, em 2006, que foi promulgada a Lei Maria da Penha, criada para combater atos de violência contra a mulher. Maria da Penha é farmacêutica e quase morreu quando o marido tentou matá-la, em 1983. Entre outras agressões, ela foi atingida por um tiro de espingarda nas costas. Maria da Penha ficou paraplégica e pelas suas ações para cobrar a punição do agressor e para evitar atos de violência contra outras mulheres, atualmente é símbolo nacional da luta das mulheres contra a opressão e a violência.