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Agosto Lilás no Ifal: atividades debatem prevenção à violência contra a mulher

Diversos campi realizaram palestras e discussões para promover a conscientização sobre o tema

por Elaine Rodrigues publicado: 02/09/2019 10h38, última modificação: 02/09/2019 10h38
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Campanha Amor à Vida em Marechal Deodoro

Combater a violência contra a mulher ainda é um desafio para o Brasil. O levantamento deste ano feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostra que para cada dez mulheres, quase três sofrem violência, agressão ou assédio. O assunto preocupa a comunidade acadêmica do Instituto Federal de Alagoas e, nesse mês de agosto, foi tema de aulas, discussões e atividades de conscientização em diversos campi da instituição.

Agosto Lilás em São Miguel dos Campos

No Campus Piranhas teve seminário, show e palestras sobre a violência contra a mulher e a conscientização. O evento aconteceu no dia 22 de agosto e foi promovido pela Assistência Estudantil do campus. A programação começou com o seminário promovido pela professora Sara Angélica sobre o histórico do feminismo no Brasil. Depois, o campus recebeu Isabela Cristina Reis, profissional da Superintendência de Atenção à Saúde do estado de Alagoas. Em seguida teve a apresentação musical da cantora e compositora Suzi Mariana. À noite, a psicóloga do campus, Dúnia de Cássia, ministrou palestra sobre a conscientização da violência contra a mulher.

Agosto Lilás em São Miguel dos Campos      Agosto Lilás em São Miguel dos CamposAgosto Lilás em São Miguel dos Campos


Em São Miguel dos Campos, no dia 27, uma roda de conversa reuniu a advogada Thayana Beril, assistente de biblioteca do campus, e a psicóloga Bárbara Guerreiro, do Campus Penedo, em uma discussão sobre meio para combater a violência contra a mulher. O evento foi organizado pela pedagoga do campus, Lucielma Semião da Silva.

E no Campus Marechal Deodoro foi lançada a campanha “Amor à Vida”, que integra atividades de conscientização relacionadas às campanhas nacionais do Agosto Lilás, Setembro Amarelo e Outubro Rosa. As campanhas visam informar, discutir e combater o abuso sexual infanto juvenil, o combate ao suicídio e o combate à violência contra a mulher.

Outra atividade do Agosto Lilás foi uma campanha de conscientização virtual feita pelos integrantes do Projeto de Ensino Leia Mulheres Marechal Deodoro, coordenado pela professora Elaine Rapôso. A campanha explicou aos estudantes como o feminismo está ligado ao combate à violência contra a mulher, com cartazes baseados na leitura do livro “O femininismo é para todo mundo”, de Bell Hooks.

Fórum Brasileiro de Segurança Pública 

 “Enfrentar a violência contra a mulher exige romper muitas barreiras, que se estendem desde os ‘pré-conceitos’ e machismos naturalizados até os fatores que mantêm as mulheres em silêncio como temor, vergonha, crença na mudança do parceiro e revitimização por parte de autoridades e da sociedade”. 

A pesquisa Visível e Invisível: a vitimização de mulheres no Brasil ouviu 1092 mulheres de 16 anos ou mais, de 130 municípios de todas as regiões do Brasil. O relatório diz que “enfrentar a violência contra a mulher exige romper muitas barreiras, que se estendem desde os ‘pré-conceitos’ e machismos naturalizados até os fatores que mantêm as mulheres em silêncio como temor, vergonha, crença na mudança do parceiro e revitimização por parte de autoridades e da sociedade”.

Ainda de acordo com o relatório, para mudar essa realidade é preciso informar, aconselhar e acreditar nas mulheres. Toda mulher tem direito à proteção e as vítimas podem denunciar casos de violência pelo número 180.

Agosto Lilás

Foi no mês de agosto, em 2006, que foi promulgada a Lei Maria da Penha, criada para combater atos de violência contra a mulher. Maria da Penha é farmacêutica e quase morreu quando o marido tentou matá-la, em 1983. Entre outras agressões, ela foi atingida por um tiro de espingarda nas costas. Maria da Penha ficou paraplégica e pelas suas ações para cobrar a punição do agressor e para evitar atos de violência contra outras mulheres, atualmente é símbolo nacional da luta das mulheres contra a opressão e a violência.