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Palestra sobre pós-graduação em Ciências Ambientais desperta atenção do público do Connepi
A palestra “Interdisciplinaridade em Ciências Ambientais: a Pós-graduação Brasileira como Alavancador da Pesquisa e inovação”, proferida pelo coordenador da área de Ciências Ambientais da Capes, Carlos Alberto Sampaio, lotou, na manhã desta quarta-feira (7), a sala Djavan do complexo de eventos do Hotel Ritz, no segundo dia de atividades do XI Connepi. Com uma abordagem acessível, o pós-doutor em ciências ambientais falou à plateia sobre as possibilidades de trabalho e pesquisa dos programas de pós-graduação.
De acordo o professor, as mudanças globais e climáticas estão muito relacionadas com o descaso do homem em relação a natureza. Carlos explicou que o fenômeno ambiental pode ser compreendido através de três perspectivas: a visão antropocêntrica, a visão biocêntrica e a visão ecocêntrica - sendo a última a mais próxima das ciências ambientais. “Nenhuma é mais importante que a outra e o que importa é relação que existe entre elas - nisso ela é um pouco parecida com a discussão da questão de gênero”, analisa.
“As ciências ambientais têm uma compleição interdisciplinar, ou seja, elas não são o somatório de outras ciências e têm o desafio de compreender a complexidade das problemáticas que relacionam o homem e a natureza. Quando eu falo que o fenômeno é ambiental, eu considero que ambiental quer dizer sócio ambiental - porque as relações estão interconectadas e não dá pra dizer que o social não está incorporado no ambiental", explica.
O palestrante traçou ainda, um panorama da situação das ciências ambientais e dos 115 programas de pós-graduação existentes no Brasil e que envolvem esta área. Para o professor, uma pós-graduação nesta área pode produzir respostas reais para o desenvolvimento da região. Os problemas sociais podem ser um ponto de estudo e pesquisa desses programas de pós-graduação vinculados ao meio ambiente. Nessa perspectiva, segundo avalia o docente, o mestrado aprovado para o Campus Marechal Deodoro, poderia ser um espaço de incubação de projetos para a redução da pobreza em áreas como a da orla lagunar, por exemplo.
A professora de Botânica, Jorgeana Jorge, do Instituto Federal do Ceará, considerou a palestra como bastante proveitosa e o evento como sendo uma possibilidade de obter novas informações e interagir com colegas de outros institutos. “Moro no interior, em Acaraú (Ceará), onde o acesso à capacitação profissional é muito difícil. O Connepi nos oportuniza espaços de discussão e reúne diversos pesquisadores e profissionais das áreas de ensino e pesquisa. Podemos verificar o que eles estão fazendo”, completa
Mais informações acesse o site Connepi 2016