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Quinta edição da Semana Agropecuária movimenta IFAL Santana

Discussão sobre a convivência com o semiárido tomou conta do campus

publicado: 16/06/2017 09h59, última modificação: 22/06/2017 18h27

IMG_0197.JPGO IFAL Campus Santana do Ipanema realizou nos últimos dias 09 e 10 de junho, a quinta edição da Semana de Agropecuária, Ciência e Cultura - SEACC. Com o tema “Convivência com o Semiárido”, a semana cumpriu seu papel de divulgar o potencial da produção no semiárido, incentivar a implantação de técnicas sustentáveis e discutir as perspectivas da agropecuária nos contextos local e nacional.

A abertura da V SEACC ocorreu no dia 09, com a Mesa Redonda “Potencialidades do Semiárido”. Com a participação dos palestrantes Alberício Pereira, Moisés Oliveira e Sandra Lira, a discussão contou com a interação do público presente, que lotou o Auditório do Campus. Presidindo a mesa de honra, o Diretor-Geral do Campus Santana, Gilberto Neto, falou sobre a construção e oferta da semana: “O evento foi pensado com todo carinho pra vocês. Convidamos diferentes professores de instituições variadas e temáticas igualmente distintas, então aproveitem essa oportunidade. Tudo que fazemos aqui é pensando no melhor para nossos alunos”, disse o professor.

Representando a comissão do evento, o Professor Magno Abreu destacou a importância da SEACC para o IFAL Santana do Ipanema: “São vários temas, é uma idéia cosmopolita, que creio será de grande valia para vocês. A instituição fica viva quando todos participam e eu vi vida aqui nesses últimos dias”, explicou o docente.

O Professor Alberício Pereira, falou sobre a necessidade de desmitificar a idéia do semiárido como região em que o clima por si só determina a pobreza no sertão, chamando a atenção para um olhar mais profundo para a importante Caatinga: “Precisamos ter a coragem de enfrentar as dificuldades para refazer caminhos. Então o convite que faço a vocês é para nos unirmos e construir uma nova visão da nossa região. É necessário isso”, afirmou o palestrante.

Dentro do tema da V SEACC, o palestrante Moisés Oliveira mostrou a construção da visão da região, dentro de  uma perspectiva histórica, moldada por agentes externos e que não condizem com a realidade enfrentada pelos sertanejos em sua totalidade. “Em dado momento da história, o sentido de se combater a seca trazia uma perspectiva de integração, que era integrar o Brasil e aumentar sua força produtiva com outras regiões. É nesse sentido que há uma interpretação agrária do semiárido, como lugar estéril e improdutivo”, contou o professor.

No encerramento da mesa redonda de abertura do evento, a Professora Sandra Lyra explicou como a força política da sociedade pode ser determinante para mudar o rumo da nossa região. “Se quisermos ser agentes do desenvolvimento sustentável e da independência e autonomia do povo do Nordeste, teremos que fazer decisão política, que não é somente dos governantes. Se tivermos decisão política conseguimos defender a democracia e reverter na política e no debate os projetos que não queremos”, concluiu a docente.

 

As Oficinas

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Como aproveitar as potencialidades da região do semiárido? Respondendo a essa pergunta,  a V SEACC ofereceu várias oficinas como instrumentos de desenvolvimento e compartilhamento de saberes. E já na primeira delas foi possível provar o doce sabor do sertão, através do tema “Fabricação de Geléia de Umbu”. Ministrada pelas professoras Márcia Andréa e Sarah Cavalcante, a oficina falou sobre a possibilidade do total aproveitamento da polpa do fruto do umbuzeiro, típico da região seca do Nordeste. Tem projeto de extensão que estuda as potencialidades do umbu e você pode saber mais no link http://www2.ifal.edu.br/campus/site/santana-noticias/projeto-de-extensao-explora-a-importancia-do-umbuzeiro.

Ao longo dos dois dias do evento, outras oficinas se desenrolaram. A “Horta Agroecológica”, ministrada pelo Professor Sebastião da Silva, mostrou uma experiência já bem sucedida, aplicada na Escola Municipal Ormindo Barros, em Santana do Ipanema, fruto de um dos tantos projetos de extensão do campus. Você pode saber mais sobre ele aqui http://www2.ifal.edu.br/campus/site/santana-noticias/cultivo-de-horta-em-escola-e-tema-de-projeto-de-extensao.

A Professora Fabiana Menezes cuidou de atentar os participantes sobre a responsabilidade no consumo, através da sua oficina “Consumo e Cidadania: a manipulação da mídia”, com a participação numerosa de inscritos, assim como ocorreu na oficina “Técnicas de Escrita e Redação para Projetos", ministrada pelo Professor Flávio Veiga.

No segundo dia do evento, o Professor José Madson ministrou a oficina “Levantamento Topográfico”, destacando a relevância deste tema para a formação dos alunos e desenvolvimento da região. Coube a Bergson Vasconcelos, encerrar o ciclo de oficinas da quinta edição da SEACC, com o tema “Bonsai de Plantas do Semiárido”. Com vasta e notável experiência do palestrante, a sala ficou tomada de interessados no tema, cuja apresentação foi exibida ao vivo através da página oficial do campus no facebook.

 

Os Minicursos

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Além das oficinas, diversos minicursos foram ofertados na perspectiva de acrescentarem elementos importantes no desenvolvimento da região do semiárido. No primeiro deles, os Professores Anderson Sabino, Jorge Cunha e Priscylla Dantas explicaram o “Manejo da Palma Forrageira”.

Em outro minicurso, coube ao Professor Randerson Silva apresentar o “Manejo de Caprinos e Ovinos”. A palestrante Roseli Lima cuidou de exibir as “Tecnologias para a Convivência com o Semiárido”, enquanto o Professor Luiz  Torres apresentou “Manejo Nutricional de Bovinos Leiteiros. Quem fechou o ciclo de minicursos foi o Professor Fábio Cunha, que apresentou “Conservações de Forragens no Semiárido”.

 

Encerramento

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Já no dia 10 de junho, houve a apresentação de banners e avaliação oral de artigos. O encerramento do evento aconteceu no Auditório do Campus, novamente com presença efetiva do público, com a Mesa Redonda “Empreendedorismo para o Semiárido”, mediada pelos palestrantes Hermani Magalhães, Ivaldo Cardoso e José Ribeiro da Silva, que apresentaram perspectivas empreendedoras para o desenvolvimento regional local. A Filarmônica São José abrilhantou a festa.

A V Semana de Agropecuária, Ciência e Cultura terminou com um legado de amplo conhecimento compartilhado e com uma avaliação excelente do evento, que é parte de um conjunto de ações que visam desenvolver a formação de cidadãos éticos e reflexivos, além de aproximar a instituição da comunidade local, reforçando o elo indissociável entre ensino, pesquisa e extensão. Em 2018, teremos a sexta edição do evento, que promete ser ainda melhor. Nos vemos ano que vem!


por Diego Alves