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Precisamos falar sobre bullying
Assunto foi tema do I Cine Debate do ano no Ifal Santana
Era manhã do dia 07 de abril de 2011, mais um dia normal na Escola Municipal Tasso da Silveira, no bairro de Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro. Não foi; por volta das 8 horas, Wellington Menezes de Oliveira, 23 anos e ex-aluno da escola, atirou contra dezenas de alunos, matou 13, feriu 12 e suicidou-se em seguida, depois de ter sido atingido por um tiro de um policial. Numa carta deixada por ele e em testemunhos da irmã talvez estivesse uma das explicações pela barbárie cometida por Wellington: o bullying sofrido na escola.
Não se sabe ao certo se Wellington cometeu o crime simplesmente pelo bullying que sofreu, mas seguramente a questão precisa ser explorada pela sociedade em geral e pela instituições de ensino em particular. Pensando nisso, o Núcleo de Apoio às Necessidades Específicas - NAPNE do IFAL Campus Santana do Ipanema, realizou na última segunda-feira, dia 17/06, o I Cine Debate do ano, com a exibição do filme espanhol Cobardes, de José Cobarcho. Na história, Gaby é um rapaz de 14 anos que tem medo de ir à escola, por causa do colega Guille e de seu grupo, que o rodeiam e o humilham.
O evento contou com a mediação do psicólogo Emerson Feitosa Lins e da professora Amanda Ferreira, de Língua Espanhola. A exibição do filme serviu como ponto de partida para a discussão do fenômeno bullying e seus desdobramentos no contexto escolar. De acordo com o psicólogo Emerson Lins é importante falar sobre bullying: "Falar a respeito desse assunto na escola é importante, principalmente pela existência de uma legislação que contribui para isto (Lei Nº 13.185/2015, que instituiu o Programa de Combate à Intimidação Sistemática [Bullying]). Além disso, faz-se necessária a promoção de uma cultura de respeito à diversidade na escola, entendendo que cada pessoa possui suas especificidades e singularidades, que devem ser respeitadas.”
O I Cine Debate faz parte de um grupo de ações desenvolvidas pelo NAPNE e pelo IFAL Santana do Ipanema, que irão prosseguir ao longo do ano e que direcionam a formação dos alunos para o exercício da cidadania e de respeito à diversidade.