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Professor do Campus Rio Largo recebe prêmio de melhor dissertação em Letras da Ufal

por Bruno de Oliveira Andrade publicado: 21/12/2022 18h33, última modificação: 21/12/2022 18h33

O professor Osvaldo Epifânio dos Santos do Ifal Campus Rio Largo conquistou o Prêmio Propep/Ufal Dissertação e Tese 2022, promovido pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal). O docente do Ifal ficou com a primeira colocação com a melhor dissertação do Programa de Pós-Graduação Profissional em Letras (PROFLETRAS) pela pesquisa “Produção Textual no Contexto da Educação de Jovens e Adultos: um estudo de aspectos da textualidade nas narrativas de experiência pessoal”.

A premiação é realizada pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da UFAL e presta o reconhecimento às melhores teses e dissertações desenvolvidas nos programas de pós-graduação da instituição.

O professor Osvaldo Epifânio dos Santos é coordenador do Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas (NAPNE) do Ifal Rio Largo.

Sobre a pesquisa

A pesquisa teve como objetivo principal levar o professor da Educação de Jovens e Adultos a ampliar suas práticas de ensino quanto ao processo de escrita do gênero narrativas de experiência pessoal, por meio do uso crítico e flexível do Caderno de Atividades. Como fundamentação teórica, autores como Antunes (2010), Koch (2014), Koch & Elias (2018) refletiram sobre a sequenciação do texto escrito numa visão interacionista e de interdependência entre suas partes; no estudo do gênero textual, na perspectiva da construção dos processos enunciativos e na formação do plano composicional, foram selecionados os trabalhos de Bakhtin (1992, 1997, 2003, 2010, 2016), Marcuschi, (2008), Marcuschi (2010) e Koch (2006).

Foram escolhidos os fundamentos teóricos de Labov & Waletzky (1967), de Dolz, Gagnon e Decândio (2010), e mais uma vez Bakhtin (2016), nas relações dialógicas entre os sujeitos na narrativa, como também para o delineamento dos componentes estruturais da narrativa e da hierarquização das informações na atividade de escrita; quanto à lógica da formação/organização da escrita e aos sentidos, aplicamos as concepções de Fávero & Koch (2012), Koch & Elias (2018).

Como metodologia de investigação, foram tomados como base os trabalhos de Thiollent (1986) e Tripp (2005) sobre pesquisa-ação para a referência inicial do formato de pesquisa; finalmente, o autor recorreu ao Ateliê de Escrita de Marquesi et al (2017), como suporte metodológico nas atividades de ensino do professor da EJA. O trabalho apresenta como resultado uma proposta de ação pedagógica ao professor de língua portuguesa do ensino fundamental quanto à escrita processual, ao estudo da estrutura narrativa laboviana e aos aspectos de textualidade dos textos de seus alunos. Foram utilizados o Ateliê de Escrita em observância à funcionalidade comunicativa do gênero narrativas de experiência pessoal, a partir dos recursos de uma sequência didática que permite ao professor identificar as bases de suas ações de ensinamento de forma consciente e ordenada em relação aos aspectos linguístico-social-discursivos percebidos nas leituras, nos exercícios e na escrita processual dos seus alunos.