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Violência no campo é discutida em evento no Ifal Piranhas
Nesta segunda-feira (17), foi lançado no auditório do Ifal Piranhas o Relatório Conflitos no Campo Brasil 2017, da Comissão Pastoral da Terra. Na ocasião, estiveram presentes discentes e docentes do Ifal, membros da Comissão Pastoral da Terra (CPT), membros do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e estudantes da Ufal. Compuseram a mesa de discussão, a representante da CPT, Eloísa Muniz e os professores do curso de Geografia da Ufal Sertão, em Delmiro Gouveia, Lucas Lima e Suana Medeiros. Lucas debateu os dados de violência do Caderno de conflitos no campo em 2017. Já Suana falou sobre a violência contra mulher no campo brasileiro.
O professor do Ifal Piranhas, Claudemir Martins, é autor de um dos artigos publicados nesta edição do relatório, que analisa os números da violência por terra no país. “Há uma crescente de assassinatos no campo brasileiro de lideranças camponesas, indígenas e quilombolas, desde 2015. Foram 50 assassinatos em 2015, 61 em 2016 e 71 em 2017”, explica Claudemir.
Para o professor da Ufal, Lucas Lima, os dados são alarmantes. Ele explica que desde 2003 não se tinha um número tão alto de assassinatos no campo e que, além do número elevado de mortes, os dados da CPT revelam um número alto de chacinas que desde a década de 80 não se registrava. Em sua palestra, Lucas discutiu esses dados e responsabilizou o agronegócio e falta de reforma agrária pela crescente violência no campo. Ao final do evento, livros foram doados à biblioteca do Ifal e sorteados entre o público.