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Teatro de fantoche conscientiza crianças sobre uso da água

Projeto de extensão que estará no Conac 2018 trabalha educação ambiental na infância de forma lúdica

publicado: 10/09/2018 12h35, última modificação: 10/09/2018 13h33

Educação ambiental tem que começar na infância, é o que acredita o professor de Agroecologia e Engenharia Agronômica, Samuel Silva. Foi isso que o motivou a realizar o projeto “Gotinha d’água”, um projeto de conscientização infantil, através do teatro de fantoche, sobre o bom uso da água. O “Gotinha d’água” tem conquistado a atenção e arrancado gargalhadas de crianças de escolas públicas de Piranhas, com sua narrativa envolvente.

A personagem central da peça, Julinha, é uma criança esperta e consciente sobre por que não devemos desperdiçar água. Ao encontrar um senhor idoso, o Zé da água, que não tem os mesmos conhecimentos que ela e consome água de forma irresponsável, Julinha tenta convencê-lo a mudar seus hábitos. Samuel espera que as crianças espectadoras da peça sigam o exemplo de Julinha e ensinem aos adultos como economizar água. Samuel explica que vem trabalhando nessa questão da economia da água desde que ingressou no Ifal Piranhas, em 2016, através de outros projetos. “Eu sempre tive essa preocupação de querer ajudar a comunidade de Piranhas a se conscientizar para o racionamento da água tanto no ambiente rural quanto no urbano e, este ano, resolvemos submeter um projeto de extensão voltado para educação ambiental do público infantil”, relata Samuel.

Quem vê a estrutura do teatro de fantoche, confeccionada pelos alunos, não imagina o baixo custo empreendido. Os estudantes fizeram o cenário com materiais simples, que tinham a sua disposição. Foram, basicamente, canos do laboratório de irrigação, estruturando a cabana em formato de cubo, e tecido Tnt, cobrindo os canos. A aluna do 5° período de Engenharia agronômica, Amanda Cibele Paes, costurou não apenas o tnt, mas também os fios que teceram a narrativa idealizada pelo professor Samuel. Ela nunca havia se aventurado na escrita de ficção e foi um desafio cumprir essa tarefa confiada por seu orientador. As gargalhadas da criançada atestaram que o desafio foi realizado com sucesso. “O resultado foi melhor que o esperado, pois percebemos que a mensagem foi, de fato, assimilada. As crianças riem, se envolvem e respondem aos questionamentos, mostrando que estão atentas, com certeza vão levar para casa o que aprenderam e vão difundir a mensagem”, afirma o professor Samuel.

Isabela Carneiro, aluna do 4° ano de Agroecologia, que interpreta a Julinha, conta que não esperava uma participação tão boa das crianças e ficou muito feliz com o resultado. Ouvindo a voz de Julinha, dá até para pensar que por trás do fantoche está uma criança, mas Isabela, atriz de primeira viagem, explica o segredo: “tive que afinar bastante a voz para chegar nesse resultado e repetir algumas vezes o áudio, quando a voz saía grossa”, conta Isabela. Para ela, é muito importante começar a educação ambiental na infância para que as crianças se tornem adultos conscientes. Isabela acredita que não tem forma melhor de marcar a criança com uma mensagem, transmitindo de forma lúdica. A história de Julinha, além de continuar sua turnê pelas escolas de Piranhas, estará no Congresso Acadêmico do Ifal (Conac), em Maceió no final do mês.