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Projetos ajudam estudantes do Ifal Piranhas a desenvolverem prática pedagógica

publicado: 03/10/2018 14h56, última modificação: 03/10/2018 14h58

 

Muitos projetos de ensino e de extensão do Ifal Piranhas têm o ambiente escolar como local de desenvolvimento de suas atividades ou levam a prática pedagógica para vilas, comunidades e assentamentos. Prática essa que acontece em forma de oficinas, cursos, grupos de estudos e capacitações sobre os mais variados temas. Além de multiplicar conhecimento para o público atingido, os projetos desenvolvem habilidades didáticas, oratórias e a capacidade de expressão e argumentação dos alunos bolsistas e voluntários.

Para o chefe do Departamento de Ensino do campus, o professor Antônio Iatanilton Damasceno, os discentes do Ifal são estimulados a falar e argumentar em público desde o primeiro ano na instituição, através das atividades em sala de aula, e isso é ainda mais aperfeiçoado, quando o aluno participa de um projeto de ensino, pesquisa ou extensão. Antônio Iatanilton explica que a participação nesse tipo de projeto pode despertar nos estudantes o interesse pela docência, mas afirma que, independente de seguir a carreira docente, as capacidades adquiridas também são úteis em outras áreas. “Enquanto o aluno de uma escola regular só vai conhecer pesquisa e extensão na faculdade, o aluno egresso do Ifal Piranhas já entra no ensino superior com a vantagem de estar familiarizado com a produção acadêmica. Ele pode até não ter tirado a melhor nota no Enem para ingressar na universidade, mas vai ser um dos melhores alunos da sua turma, porque quase nada daquele novo ambiente lhe é estranho”, explica Iatanilton.Gleidson fala sobre o Pró-Ifal no Conac

Para Gleidson dos Santos, monitor do Pró-ifal, programa que prepara alunos do 9° ano para o exame de seleção do Ifal, a experiência de ensinar tem sido incrível. “Conhecer alunos tanto da rede pública quanto privada e ensiná-los a combater a carência de conhecimento na Língua Portuguesa tem sido um verdadeiro desafio. São alunos com dificuldades nos assuntos básicos da matéria e vê-los aprendendo e evoluindo, a partir das minhas aulas tem sido bastante gratificante”, conta Gleidson. 

A aluna Juliana é bolsista do projeto “Oficinas de estudo para melhorar a qualidade do ensino e aprendizado de física” e conta que o projeto surgiu depois que a professora de Física, Cíntia Teles, percebeu a necessidade de reforçar o ensino da física para estudantes com dificuldade e ajudá-los a se aproximar mais da disciplina. As bolsistas do projeto participam das oficinas e dão plantão no whatsapp para tirar dúvidas também de forma remota. A orientadora explica que, comparando as notas dos alunos antes e depois da oficina houve um aumento de 43% no desempenho.

Juliana relata que a monitoria ensina dos dois lados, ao monitor e a quem recebe o suporte, e que a experiência despertou nela o desejo de cursar Física e ser professora. “Ano passado eu fui monitora de turmas do mesmo ano que eu, então, eu precisava estudar o assunto antes dos meus colegas de classe e tinha que ensinar a eles o que eu também estava aprendendo. Isso me ajudou a realizar as provas e atividades da disciplina; a monitoria é um aprendizado enorme a cada semana”, explica Juliana.

Os dois projetos citados são realizados no Ifal, mas os discentes do Ifal Piranhas têm levado também para outras escolas da região diversas atividades como educação ambiental e alimentar, prevenção contra acidentes domésticos, oficinas de pinturas e produção de tintas extraídas do solo, entre outras iniciativas. O projeto de Educação Ambiental e Alimentar tem ensinado crianças a cuidar de hortas, plantando mudas de tomate, quiabo e couve nos canteiros da escola. Os bolsistas Denisson Lima do Nascimento e Jailson de Oliveira do 5° período de Agronomia, orientados pelo professor Kleyton Danilo, explicam às crianças sobre o manejo da horta e sobre a importância de ter uma alimentação saudável. “A gente plantou mudas com as crianças na escola para que elas cuidassem e, depois que crescessem, levassem para casa. Elas participaram de todo o processo e ficaram bastante curiosas com tudo”, explicou Denisson. Para os alunos, em uma época em que as pessoas consomem tantos produtos industrializados, é importante que as crianças conheçam alimentos orgânicos, aprendam a cultivá-los e recebam orientações sobre alimentação saudável na escola.