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Projeto do Campus Piranhas produz licores com uvas cultivadas em parreiral da unidade
Produtos tiveram qualidade aprovada em teste sensorial realizado na comunidade
Estudantes e funcionários do Campus Piranhas iniciaram na última quarta-feira (7) o teste sensorial de licores fabricados na própria unidade. A aprovação dos produtos é uma meta do projeto de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibiti), “Caracterização físico-química e aceitabilidade de licor de variedades de uva produzido com diferentes formulações no Sertão Alagoano”, iniciado em 2020, com a intenção de produzir as bebidas a partir de uvas adaptadas ao clima da região, agregar valor à matéria-prima e promover aumento de renda aos futuros produtores.
O processo começou ainda em agosto do ano passado, com o cultivo de uvas no parreiral do Campus. Os integrantes do projeto participaram das etapas de manejo da poda, adubação, irrigação, controle de doenças e pragas, monitoramento de brix, colheita, extração de suco, produção do licor, análises físico-químicas, até o teste sensorial.
Um dos orientadores do projeto, Samuel Silva, comentou que desde a poda até a produção do licor, o processo pode varias 5 a 7 meses, a depender dos espécimes utilizados. Neste projeto, foram utilizadas três variedades cultivadas no Campus: a Vitória, uma uva preta de mesa e sem semente; a Itália, uma uva verde de mesa e com semente; e a Magna, uma uva industrial com semente e possui uma cor violácea e sabor aframboesado.
“Foi observado um ótimo aceite pelos provadores, o que indica um alto potencial para um novo produto desenvolvido pelo Ifal”, comenta Samuel.
Ao lado do docente, acompanharam as diferentes etapas do projeto a co-orientadora, Poliane Lima, os bolsistas do projeto, Carla Sabrina e Edmaíris Rodrigues, além de professores, técnicos, alunos e funcionários terceirizados do Ifal, que se voluntariaram para a realização do teste sensorial do licor.
“Apesar da pandemia e com o campus sem aula, foi possível seguir os protocolos de segurança e realizar o teste com os presentes”, acrescentou Samuel.
O professor destaca que aprovados os produtos, a partir de agora o grupo tentará atrair produtores nas proximidades locais, que já cultivam a uva e as vendem in natura, para que eles também possam produzir o licor, mas antes disso irá em busca do Selo Arte, voltado para produtos artesanais.
“A ideia agora é ver a possibilidade de gerar patente ou possível aplicação da pesquisa junto aos produtores da região, finalizando assim o ciclo do permeio entre os eixos do ensino, pesquisa e extensão”, pontuou Samuel.