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Adubação no sertão: experimento com milho verde alcança reconhecimento em revista científica

Pesquisa foi desenvolvida integralmente no Campus Piranhas

publicado: 09/09/2019 21h38, última modificação: 09/09/2019 22h32

Uma investigação conduzida pelo professor do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) - Campus Piranhas Ênio Flôr ganhou as páginas da revista Pesquisa Agropecuária Brasileira na última semana. Resultante da tese de doutorado do docente, o trabalho em questão abordou aspectos relacionados à adubação do milho verde no semiárido brasileiro e contou com a colaboração de pesquisadores do campus e de instituições parceiras.

Em formato de artigo científico, o estudo foi aceito para publicação no periódico classificado como B1 em Ciências Agrárias, indicador referente à relevância da revista nessa área do conhecimento e à qualidade da produção intelectual.

A pesquisa buscou determinar a dose de nitrogênio economicamente viável para garantir a máxima produtividade de milho verde com menor custo de produção, utilizando a fertirrigação, uma técnica de adubação onde ocorre a aplicação simultânea de fertilizantes e água.

Professor Ênio Flôr, um dos autores do artigo publicado"Montamos o experimento durante 2016, em duas épocas de cultivo, em torno de três meses cada uma. O objetivo era ver a resposta do milho em situações discrepantes: do verão, em janeiro, com temperatura média de 28ºC e do inverno, em junho, com média de 24ºC. Chegamos à conclusão de que a dose viável é alcançada com 90 kg de nitrogênio por hectare, em ambas as colheitas", detalhou Ênio Flor. 

A proposta contemplou o levantamento de todos os custos de produção envolvidos no cultivo do milho verde. O agricultor com acesso aos resultados, segundo o docente, poderá saber como ter melhor retorno financeiro a partir do uso adequado de adubo nitrogenado. "A gente estudou índices que vão dar essa resposta para ele ter boa rentabilidade, mas também garantir o uso de menor adubo nitrogenado. Isso diminui os danos ao meio ambiente. Então além de pensar na parte econômica, avaliamos o aspecto ambiental, com um cultivo associado à menor chance de contaminação", acrescentou.

Nos anos de execução do projeto, Ênio Flôr estava afastado das atividades como professor da instituição para realizar o curso de doutorado em Fitotecnia na Universidade Federal Rural do Semi-Árido, em Mossoró - RN, mas escolheu desenvolver a pesquisa sobre a adubação do milho verde integralmente no Campus Piranhas. De acordo com o profissional, um ponto gratificante do trabalho foi a possibilidade de fazer o experimento com acompanhamento de discentes. A área utilizada para os testes foi a propriedade de um ex-aluno da unidade de ensino. "É semiárido e carente de pesquisas. Os estudantes do campus foram levados para acompanhar as atividades de campo, colheita e a avaliação em laboratório", explicou. 

O artigo "Dose econômica de nitrogênio para fertirrigação da cultura do milho verde no semiárido brasileiro" está disponível na página eletrônica da revista Pesquisa Agropecuária Brasileira. Acesse aqui. Entre os autores, estão a professora Ellen Abreu e o professor José Madson da Silva, ambos também do Campus Piranhas. 

Professor Ênio Flor e professora Ellen Abreu, acompanhados de estudantes, em visita à plantação