Palestras, minicursos e premiações marcam o encerramento da Seagro 2019

A 2ª Semana de Agronomia do Campus Piranhas terminou nesta quinta-feira, 15, com premiação dos melhores trabalhos científicos apresentados no evento. O último dia de atividades teve também na programação apresentação de bannners, workshop sobre a cadeia produtiva da aquicultura, exposição de caso de sucesso de empresa júnior, roda de conversa acerca das alternativas para estacionalidade e produção de forragem no semiárido, mesa-redonda abordando o manejo de pragas agrícolas, palestra dos desafios da bovinocultura do leite, minicursos, bingo e entrega de brindes.

A comissão organizadora da Seagro 2019 contabilizou 116 participantes credenciados e a presença de estudantes e docentes dos campi do Ifal Piranhas e Santana do Ipanema, da Universidade Federal de Alagoas - Campus Arapiraca e do Centro de Ciências Agrárias - Ceca, da Universidade Federal de Sergipe - Campus Sertão e da Universidade Rural de Pernambuco - Campus Garanhuns.

Honraria concedida -  Entre os 45 trabalhos expostos ao longo do evento, três obtiveram destaque e foram premiados pela comissão científica. A terceira colocação ficou para o projeto "Avaliação de modelo matemático para análise de milho verde fertirrigado com doses de nitrogênio", da professora Ellen Abreu. Em segundo lugar, veio a iniciativa que pesquisou o efeito do estresso hídrico sobre o índice de clorofila do milho em região semiárida, da estudante Edmaíris Araújo. As duas autoras ganharam passeios pelos cânions do rio São Francisco.

"Exportação de macronutrientes em milho para silagem fertirrigado com doses de nitrogênio", do estudante Thiago Pereira, foi eleito o melhor trabalho do evento. O projeto, orientado pelo professor Ênio Flor, tem como intuito oferecer aos produtores e agricultores informações sobre as doses de nitrogênio que se aproximam o mais possível do ideal nas condições da região. "Podendo assim melhorar a qualidade de silagem", explicou Thiago, que ganhou um notebook pelo 1º lugar. 

Silagem é a forragem verde armazenada na ausência de ar e conservada mediante fermentação em depósitos próprios, utilizado para suplementar as pastagens na época em que a disponibilidade de forragem é baixa*. Para observar se a planta teve uma boa resposta, a pesquisa em questão avaliou a exportação dos macronutrientes fósforo, potássio, cálcio, magnésio e nitrogênio na parte aérea da planta.

Minicursos - Quem participou do último dia de Seagro, ainda pôde aprender práticas relacionadas ao manejo na ordenha, tecnologias de pós-colheita de frutos, fungos fitopatogênicos, uso eficiente de nutrientes na produção agrícola, entre outros temas, em minicursos de 4 horas de duração.

No laboratório onde o professor Cristiano Quintino ministrou minicurso de tecnologias de processamento do leite, os participantes acompanharam testes para verificar a acidez do leite, os níveis de presença de sal e de água oxigenada e a estabilidade térmica. "Abordei generalidades da cadeia produtiva do leite, legislação, testes rápidos realizados na indústria, os principais produtos processados do leite e prática de fabricação de iogurte", resumiu o docente.

Além das dicas para fabricação de iogurte, como o uso do leite de boa procedência, atenção na pasteurização, boa cultura láctea e o cuidado na temperatura de incubação do leite para que ele fermente no tempo certo, o oficineiro deixou as etapas do iogurte prontas para serem visualizadas, entregou a formulação das geleias aos participantes e proporcionou a degustação de iogurte tipo sundae com geleia de maracujá e com geleia de goiaba, iogurte de maracujá, iogurte de mel, chia e aveia, e de iogurte concentrado tipo labneh. "O leite é muito versátil. A gente conseguiu fazer seis produtos diferentes", apontou Cristiano.

No minicurso de propagação de cactáceas, conduzido pelas estudantes Carla Sabrina da Silva e Maria Gabriela de Araújo, o aprendizado também foi diversificado. "Falamos da dificuldade de produzir no semiárido por conta das irregularidades de chuva e uma das alternativas é a utilização das cactáceas, por conta da capacidade de rebrota que elas têm depois de cortar. Mostramos que fora a propagação vegetativa tem a propagação pela semente e muita gente não sabia que cactos têm sementes", contou Sabrina. 

Para a graduanda de Engenharia Agronômica apaixonada por cactos, estudar a fisiologia e os demais aspectos desse gênero de plantas é uma atividade prazerosa, daí a motivação para repassar os conhecimentos que possui na área. "A gente focou bastante na palma forrageira. É muito diferente da propagação de outras plantas, por conta das particularidades das plantas que fazem parte dessa família", complementou.

Sobre o evento - A Seagro é uma realização anual do curso de graduação em Engenharia Agronômca do Campus Piranhas. Nesta edição, o evento ocorreu de 13 a 15 de agosto, sob a coordenação do professor Samuel Silva e reuniu palestrantes renomados na Agronomia e áreas afins.