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Música, teatro e dança compõem a programação cultural do Ifal Piranhas no III Conac

O Corifal abriu a participação do campus no evento e emocionou o público com uma apresentação cheia de crítica social

publicado: 27/09/2018 16h20, última modificação: 28/09/2018 09h53

O Coral Cênico do Ifal Piranhas (Corifal) abriu a participação do campus no III Congresso Acadêmico (Conac 2018), mas não foi apenas este grupo cultural que o Ifal Piranhas levou para a terceira edição do Conac. Este ano, além de música, o campus levou teatro de fantoche, com o projeto “Gotinha d’Água” e dança, com o projeto de ginástica artística “Ginasticando. Para o evento, o Corifal preparou uma apresentação diferente da que seu público está acostumado, saindo um pouco das canções regionais nordestinas e inserindo em seu repertório músicas de crítica social e política.


O grupo começou cantando músicas nordestinas, como La Belle De Jour de Alceu Valença, e terminou com mix de arranjos que juntou “O tempo não pára” de Cazuza a “Lute” de Edson Gomes, com mais um trecho autoral do próprio Corifal. Segundo o regente do coro, o estudante de Agronomia, Pedro Everton da Silva, o Corifal não poderia se omitir diante do momento de crise que o país que está vivendo. "Quando eu sugeri cantar Edson Gomes, os meninos estranharam.
Uns não gostaram da ideia, outros não conheciam, mas eu falei que achava importante que a gente fizesse um protesto e quando eu fiz os arranjos juntando as duas músicas, todos gostaram do resultado", explica Pedro. O regente pediu para a coordenadora do projeto, Rhamayana Barreto, fazer um texto para uma intervenção artística e ela fez uma música, usando referências das canções selecionadas, que foi interpretada pela solista, Taírla Pedral. “O que estamos vendo, hoje, é o futuro repetir o passado, como diz a música de Cazuza. Não podemos ver isso sem fazer nada e a música tem o poder de tocar as pessoas e fazê-las refletir, foi o que aconteceu na apresentação, pois as pessoas vieram nos falar como se emocionaram”, conta o regente.

Ginasticando no IfalNo dia seguinte, foi a vez do projeto “Ginasticando no Ifal” fazer sua performance de dança e ginástica: Sertão Contemporâneo. Os 23 estudantes do Ginasticando criaram a coreografia junto com sua orientadora, a professora de Educação Física, Rafaela Carvalho. A professora explica que a apresentação mostra um novo sertão, diferente do que as pessoas estão acostumadas a ver retratado. “Quando as pessoas pensam em dança no sertão, pensam logo no xaxado, mas o sertão consome outros ritmos e danças também, há uma diversidade no sertão contemporâneo e nós queremos mostrá-la, nessa apresentação de dança que trás muitos movimentos da ginástica”, afirma Rafaela. A docente chegou há poucos meses no Ifal e herdou a coordenação do projeto da antiga professora de Educação Física do campus. Para Rafaela, que não trabalhava com ginástica antes, o projeto é um desafio muito gostoso, pelo qual ela tem se encantado e se dedicado.

A programação cultural do Ifal Piranhas no Conac encerrou com o projeto Gotinha d’Água, do professor Samuel Silva. O projeto tem trabalhado a conscientização infantil sobre o bom uso da água, através do teatro de fantoche em escolas públicas de Piranhas e, depois de conquistar a atenção e arrancar gargalhadas das crianças, foi vez de conquistar o público do Conac.
Gotinha d'Água

Quem vê a estrutura do teatro de fantoche, confeccionada pelos alunos, não imagina o baixo custo empreendido. Os estudantes fizeram o cenário com materiais simples, que tinham a sua disposição. Foram, basicamente, canos do laboratório de irrigação, estruturando a cabana em formato de cubo, e tecido Tnt, cobrindo os canos. A aluna do 5° período de Engenharia agronômica, Amanda Cibele Paes, costurou não apenas o tnt, mas também os fios que teceram a narrativa idealizada pelo professor Samuel. Ela nunca havia se aventurado na escrita de ficção e foi um desafio cumprir essa tarefa confiada por seu orientador. As gargalhadas da criançada têm atestado que o desafio foi realizado com sucesso. “O resultado foi melhor que o esperado, pois percebemos que a mensagem foi, de fato, assimilada. As crianças riem, se envolvem e respondem aos questionamentos, mostrando que estão atentas, com certeza vão levar para casa o que aprenderam e vão difundir a mensagem”, afirma o professor Samuel.