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Ifal Piranhas tem destaques na redação do Enem

publicado: 29/01/2019 11h04, última modificação: 31/01/2019 11h13

No dia 18 de janeiro, o resultado do Enem foi divulgado e os alunos tiveram acesso à nota da tão temida redação. Os alunos do 3° e 4° ano do Ifal Piranhas tiveram um ótimo desempenho na redação, com muitas notas acima de 800 e seis notas acima de 900. A redação melhor pontuada no Ifal Piranhas ficou com 940 pontos e foi escrito pelo aluno do 3° ano de Agroindústria matutino, Victor Gabriel Campos Martins. Além das aulas regulares de Língua Portuguesa do Instituto, os alunos tiveram acesso a grupos de estudos, oficinas de texto, reforços e revisões.

O projeto Oficinas de Leitura e Escrita para o Enem foi uma das iniciativas que ajudou os alunos a se prepararem para a redação. Segundo o monitor e aluno do 4° ano de Agroindústria, Carlos Sousa, o objetivo principal do projeto era passar para os alunos a estrutura de um texto dissertativo argumentativo, as competências da redação e conteúdos básicos para fazer um bom texto. “As oficinas aconteciam quinzenalmente e em cada encontro os alunos recebiam temas para desenvolver uma redação. Para nós, monitores, foi um baita recurso para estudar pra redação do Enem, porque o ato de ensinar nos possibilitou um aprendizado maior e os alunos que participaram da oficina obtiveram um bom resultado na redação do Enem 2018, com uma média entre 700 à 920”, explica Carlos Souza. O projeto foi orientado pelo professor de Língua Portuguesa Diogo Souza que ficou muito satisfeito com o desempenho dos estudantes no Enem.

O destaque deste ano na redação do Enem foi o aluno Victor Gabriel Campos Martins, que tirou 940 na prova. Ele conta que não esperava ter um desempenho tão bom, pois estava inseguro e não tinha gostado do tema, mas ficou feliz e muito surpreso com o resultado. Victor acredita que o que o ajudou na redação foram as aulas e dicas da professora de Língua Portuguesa, Ritacy Azevedo. Quando perguntado se ele sempre teve aptidão para a redação, Victor contou que sempre gostou de ler e escrever, mas nem sempre foi um destaque na matéria. Ele explica que na primeira atividade de redação nos moldes do Enem que a professora Ritacy passou para a turma, seu desempenho foi o mais baixo entre os alunos.

Após o episódio da nota baixa na atividade, Victor percebeu onde falhou e seguiu as orientações dadas por Ritacy, que ensinou os alunos a estruturar o texto. “ Ela nos ensinou como argumentar, deu-nos um repertório sociocultural versátil que se encaixa em vários temas e passou exemplos de introdução e conclusão. Então, eu aprendi a estrutura e tinha um certo conhecimento do tema, o que me ajudou na redação”, explica Victor.

O tema da redação deste ano foi manipulação de dados e Victor desenvolveu seu texto, argumentando que nós não somos manipulados a ponto de viver uma realidade simulada e controlada por máquinas como Matrix. Para ele, a tecnologia direciona o que vamos pensar e consumir, mas não exerce total controle sobre nós. “Gostamos da praticidade de ter tanta informação ao nosso alcance, mas não sabemos como administrar isso, é muito cômodo receber uma notícia no celular e não se preocupar se ela é verdadeira ou não, se é tendenciosa ou não”, argumenta o aluno.

Victor acha que não foi por um caminho tão óbvio e esse foi o diferencial. Na conclusão, ele propôs que o Estado incentive projetos que estimulem a busca pelo conhecimento e a leitura para a população mais carente, para estimular a checagem de informação e diminuir o efeito da manipulação de dados. Para a professora Ritacy, a evolução de Victor demonstra que a boa escrita não é dom, mas é conquistada com trabalho, técnica e disposição do aluno para pensar e repensar. “O Víctor e outros alunos se empenharam. Ele, especialmente, está de parabéns pela determinação. O caminho para redigir bem é ler, escrever, reescrever, corrigir, aprimorar. Fiquei muito feliz com o resultado dos alunos. Escrever é uma conquista. É autoafirmação e empoderamento!”, afirma.

A professora explica ainda que a boa escrita em um vestibular depende dos seguintes cuidados: compreender bem a proposta e não a extrapolar ou a tangenciar de qualquer outro modo; compreender bem o que deve ser aproveitado dos textos motivadores, não os parafraseando, mas sim os analisando e acrescentando repertório próprio; organizar as partes do texto de acordo com o tipo e a modalidade textual; utilizar conhecimentos linguísticos para a gramática, a coesão e a coerência. Sobre o processo de preparação dos alunos para o exame, Ritacy conta que entregou às turmas de terceiro ano dez propostas de redação e dez redações que ela própria fez para elas. “Discuti frase a frase os meus textos e os convidei a construírem seus próprios textos e a levá-los para correção individual e também grupal no contraturno. Foi nessa ocasião que identificamos falhas”, relata a professora de Língua Portuguesa.

Confira a lista dos destaques na redação do Enem:

AGROINDÚSTRIA MATUTINO
Anne Carolline 4° - 860
Bárbara Yasmim 4° - 820
Carlos Sousa 4° - 900
Déborah Couto 4° - 920
Natânayli Araújo 4° - 880
Víctor Gabriel 3° - 940

AGROINDÚSTRIA VESPERTINO
Kevin Henry 4° - 920
Paula Kamila 4° - 800

AGROECOLOGIA MATUTINO
Artur 3° - 800
Edla 4° - 920
João Victor 4° - 800
Julia Karine 4° - 920
Ketley Maria 4° - 840
Rayane 3° - 860
Maria Michelle 4° - 820


AGROECOLOGIA VESPERTINO
Gustavo Silva 4° - 920
Jessila Layse 4° - 820
Vitor Alves 4° - 880
Yuri Rafael 4° - 840
Erica Barros 4° - 900