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Ifal Piranhas promove Feira das Mulheres Quilombolas Sítio Lages
O projeto de extensão “Mulheres Quilombolas Sítio Lages: auto-organização sociopolítica, renda familiar e empoderamento”, do Campus Piranhas, realizou entre 25 e 27 de julho, a primeira Feira das Mulheres Quilombolas Sítio Lages, com o objetivo de contribuir para a valorização e o desenvolvimento econômico da comunidade, a partir das tradições e dos saberes ancestrais das mulheres, bem como do potencial de liderança entre as participantes.
O evento foi realizado no Centro Histórico de Piranhas, por meio de uma parceria entre a unidade do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), da Secretaria Municipal da Mulher de Piranhas e a União Brasileira de Mulheres (UBM).
À frente da iniciativa, a professora do Campus Piranhas, Ana Fireman, relata que o projeto faz parte das ações do Núcleo de Estudos Afrobrasileiros e Indígenas (Neabi), da unidade do Ifal, e está em seu terceiro ano de desenvolvimento. Nesta edição, participaram 43 mulheres, moradoras da Comunidade Quilombola Sítio Lages, localizada em Piau, Distrito de Piranhas.
A docente lembra que a comunidade é atendida pelo projeto porque tem sua certificação quilombola reconhecida pela Fundação Palmares desde 2010.
“Dialogando com as mulheres, identificamos o potencial existente, os alimentos produzidos por elas, fruto da tradição familiar e da ancestralidade, as receitas passadas, de geração para geração. A partir desse levantamento, definimos as oficinas específicas de alimentos, com conhecimentos técnicos de produção industrial artesanal voltada para a atividade comercial”, explicou Ana Fireman.
Para a realização das oficinas e viabilização do evento, Ana conta com a estudante Ricaele Tavares, atuando como bolsista, além dos docentes da área de Tecnologia de Alimentos do Campus, como Cristiano Furtado, Simone Alves, Ellen Abreu, Silvania Ladeira, Sueli Francisco, Denise Araújo.
Em breve serão realizadas novas oficinas na área de produção de cosméticos artesanais a partir do mel. Além disso, o projeto tentará viabilizar a participação das mulheres da comunidade no Fórum Nacional das Mulheres, em Brasília, junto à União Brasileira da Mulher (UBM). “Elas adoram as oficinas, amam aprender e estão muito entusiasmadas com a oportunidade de divulgar e vender seus produtos”, comentou Ana.