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Ifal Piranhas promove esporte, cultura, lazer e interação na praça
Na última sexta-feira (27), a população de Piranhas pôde enxergar o Instituto Federal de Alagoas e conviver com seus alunos e professores em um momento leve e descontraído na Praça da Igreja de São Francisco. Na ocasião, acontecia o Projeto “Ocupa a Praça!” que promoveu atividades de esporte, cultura e lazer e tinha como objetivo incentivar alunos do Ifal e moradores de Piranhas a ocupar os espaços de convivência da cidade.
Espaços públicos de lazer e socialização são muito importantes para a qualidade de vida da população. Ao discutir sobre questões urbanas e o problema da não ocupação de espaços públicos e da falta de entretenimento e promoção cultural na cidade de Piranhas, na aula de Sociologia, foi que alunos e docente se inspiraram para o projeto. Eles perceberam que poucas atividades são realizadas nos espaços de convivência do município e que muitos desses espaços não têm estrutura e manutenção.
Segundo a professora de Sociologia, Enedina Souto, o “Ocupa a Praça!” permitiu a socialização de alunos de turmas diferentes no espaço aberto da cidade, envolvendo-os em momentos de contemplação da cidade e utilização do espaço para interação social com jogos, brincadeiras, músicas e conversas. “Foi muito gratificante ver que os alunos se organizavam entre si em diversas atividades, tudo acontecendo ao mesmo tempo: pula corda, arco e flecha, voz e violão, etc. Acho que podemos organizar melhor outras ocupações e atrair mais pessoas da comunidade interessadas em lazer, cultura e uma boa conversa”, afirma a professora Enedina.
Enedina explica que a exploração dos espaços urbanos pelo capital, gerando desigualdade nas estruturas e serviços oferecidos à população, leva a problemas sociais como violência urbana e falta de perspectiva dos jovens sobre o futuro. “Entendendo que o acesso a políticas culturais concomitantemente com a formação escolar são imprescindíveis para formação do indivíduo no contexto de relações sociais globalizadas, o projeto procura promover a ampliação de capital cultural por meio da ocupação de espaços públicos, além de levar à reflexão sobre a praça como espaço de lazer e socialização alternativo à exploração do capital e dar visibilidade a ela como espaço de exposição das mais variadas expressões juvenis”, afirma a professora.