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Ifal Piranhas ganha medalhas de prata e bronze na OAM e quatro menções honrosas na OBMEP

publicado: 04/12/2018 13h33, última modificação: 04/12/2018 16h42

O desempenho do Ifal Piranhas na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) melhorou de 2017 para 2018. No ano passado, o campus teve duas menções honrosas, para as alunas Ana Sofia Damasceno e Maria Michelle Ferreira. Este ano, além das duas alunas trazerem a premiação para o campus novamente, tivemos o Carlos Eduardo Oliveira e a Beatriz Farias Pozzi, ambos do 2° ano de Agroindústria matutino. Maria Michelle teve a segunda maior nota dentre as 166 menções honrosas do estado de Alagoas e Carlos Eduardo ficou na 21° posição. Ambos foram medalhistas na XVI Olimpíada Alagoana de Matemática que usa a pontuação da OBMEP para premiar os candidatos. Maria Michelle trouxe para o campus a medalha de prata e Carlos Eduardo a medalha de bronze.

Tanto Carlos Eduardo quanto Beatriz Pozzi participam da OBMEP desde o Ensino Fundamental e já tiveram desempenho de destaque antes. Carlos Eduardo, por exemplo, já tem duas medalhas e uma menção honrosa. No entanto, no ano passado, ele não esteve entre os alunos premiados, o que mostra que ninguém tem lugar cativo na competição e que, como afirma o professor de matemática Danilo Gomes, muitas variáveis influenciam no desempenho medido em exames como esse. Há variáveis como ter dormido bem ou não, o nível da prova, a preparação do aluno, estresse ou ansiedade e o fator sorte. Para Carlos Eduardo, o que mudou de um ano para o outro foi sua preparação e também o fato de que, no ano anterior, caíram assuntos que ele não havia estudado. “Algumas questões eu não consegui fazer ano passado e deixei em branco, já este ano, eu estava mais preparado, tinha estudado os assuntos que não sabia no ano anterior e consegui resolver”, explica o aluno.

O professor Danilo explica que a OBMEP é composta por três níveis: o 1° com o sexto e sétimo ano do Fundamental; o 2° com o oitavo e nono ano e o 3° com séries do Ensino Médio. “No caso do Ifal, eles disputam o nível 3, e a tendência é que um aluno do terceiro ano esteja bem mais preparado que um aluno do primeiro ano, por exemplo. Digo tendência, pois tudo depende da preparação: lembremos que Ana Sofia ganhou sua primeira medalha no primeiro ano ainda, em 2017,se destacando mais que alunos do segundo, terceiro e quarto ano. Maria Michelle e Carlos Eduardo, medalhistas de prata e bronze na OAM
Deste modo, podemos elencar duas variáveis principais: há uma tendência do aluno em séries mais avançadas do ensino médio ter assimilado mais conteúdos e uma tendência de alunos do primeiro e segundo anos não terem visto tudo. No entanto, o aluno pode estudar por conta e já ir assimilando os conteúdos avançados (como Michelle, por exemplo, que no quarto ano já domina matemática do ensino superior)”, detalha Danilo.

Segundo ele, ser aluno do terceiro ano dá uma leve vantagem na competição, mas garantia nenhuma, visto que é a preparação o fator preponderante. “É como um atleta: ele pode estar treinando há três anos numa academia, mas se ele não se prepara para a competição, ele não alcança resultados satisfatórios. Quanto ao fator sorte, ele existe, mas, principalmente, na primeira fase, em que as questões são de múltipla escolha. Na segunda fase o aluno deve desenvolver suas respostas e aí é a preparação que contará”, conta o professor. O que Danilo acha importante que os alunos assimilem, levando em conta essas muitas variáveis, é que nem aquele aluno destaque em matemática tem garantias de que naquela avaliação e naquele dia específico ele vai se dar bem, nem o aluno que não se destaca tanto está fadado a não chegar ao pódio. Mas é muito importante que todos eles invistam em preparar-se bem para o exame.

A preparação para segunda fase da Olimpíada ficou por conta do professor Evandro Nunes, que reservou dois horários na semana, um pela manhã e outro a tarde, para trabalhar com os aprovados questões no estilo da prova da OBMEP. “Mais que resolver simplesmente os exercícios propostos que eu levava para o laboratório de matemática, procurei criar um ambiente de discussão sobre as questões e como os alunos deveriam mostrar aos avaliadores suas resoluções, pois um erro muito comum cometido é não saber organizar as ideias desenvolvidas na prova e assim acabam perdendo pontos preciosos na correção”, explica Evandro. A aluna Beatriz Pozzi ficou muito feliz com o seu resultado. Na última edição da prova, ela não pôde participar por estar internada, após grave acidente de carro. “Desde o oitavo ano, eu não tinha um desempenho tão bom, nem acreditei quando vi o resultado”, afirma Beatriz.