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Ifal Piranhas conquista direito de uso da água do Rio São Francisco
A Instituição construirá uma adutora para captação de água para uso nas atividades agrícolas do campus
A Agência Nacional de Águas (ANA) emitiu uma declaração liberando o Instituto Federal de Alagoas, Campus Piranhas, a realizar a captação de 12,6 mil litros de água por dia do Rio São Francisco, por período indeterminado. A declaração permite o direito de uso da água do rio para viabilizar a irrigação de hortas e pequenos cultivos promovidos pelos cursos da área agrícola; bem como limpeza de implementos, de equipamentos agrícolas e de laboratórios dos cursos de área agrícola, de agroindústria e alimentos.
O Ifal Piranhas realizou um pedido de outorga com o propósito de reduzir os custos com a água fornecida pela Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) e otimizar as atividades agrícolas desenvolvidas no campus. No entanto, de acordo com o chefe do Laboratório de Irrigação e Drenagem do Campus Piranhas, professor Samuel Silva, a liberação conquistada por tempo indeterminado superou a solicitação do Ifal, já que a outorga teria prazo de validade. O pedido foi feito em novembro de 2017 e, em fevereiro de 2018, a ANA concedeu a liberação. “Foi uma surpresa muito positiva que vai além do que a gente esperava, estamos admirados pelo rápido tempo de reposta da ANA e bastante satisfeitos com o resultado”, afirma o professor.
Para o diretor-geral do Campus Piranhas, Ricardo de Albuquerque Aguiar, a autorização de captação da água do rio tem a importante função de dar suporte aos cursos de Agroecologia, Agroindústria, Alimentos e Engenharia Agronômica, suprindo a deficiência no abastecimento de água do campus. “Levando-se em consideração o valor exorbitante da água fornecida via prestadora de serviço e o aumento cada vez maior da demanda por água nas atividades realizadas pelos cursos, essa autorização viabilizará uma série de ações e uma grande redução de custos para o Instituto”, afirma.
Na próxima semana, o diretor Ricardo Aguiar apresentará o projeto da adutora ao reitor Sérgio Teixeira, a fim de, junto à Reitoria, captar o recurso necessário para a obra. Segundo as análises e projeções feitas pelos professores da área de Agroecologia do campus, seis meses de captação da água do rio gera uma economia que equivale aos custos empreendidos na construção da adutora. “Nós, professores da Agroecologia, sempre buscamos realizar projetos e ações que promovam um impacto, não apenas científico e extensivo na nossa área, mas também pensando em contribuir para a máxima eficiência dos recursos geridos pela Instituição”, explica o professor Samuel Silva, idealizador do projeto.