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Estudantes do Ifal Piranhas têm artigos aprovados em evento latino americano
Os discentes irão para São Paulo no final deste mês para participar do XXII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica
Os estudantes do 5° período de Engenharia Agronômica do Ifal Piranhas, Denisson Lima e Jailson de Oliveira, tiveram dois artigos aprovados no XXII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica, que acontecerá nos dias 25 e 26 de outubro na Universidade do Vale do Paraíba, em São José dos Campos. Os trabalhos fazem uma revisão de bibliografia sobre o uso de esterco ovino na produção de alface e sobre o rendimento de cultivares de cebola no Brasil, este último produzido sob a orientação do professor Kleyton Danilo da Silva.
A produção dos trabalhos partiu dos próprios discentes, não foi decorrente de alguma disciplina ou projeto de pesquisa. Para os estudantes, é importante desenvolver trabalhos acadêmicos e participar de eventos científicos para aperfeiçoar o currículo e conseguir ingressar em programas de mestrado, futuramente. Pelo interesse na carreira acadêmica, os alunos criaram um grupo de estudo e pesquisa com mais dois colegas de curso para produzirem seus trabalhos. “Esse grupo já tem um outro trabalho aprovado para um evento no Paraná. Cada um contribui com seu conhecimento em áreas diferentes, por exemplo: eu gosto mais de escrever e Denisson gosta mais da parte de estatística, a gente vai juntando a produção de cada um e forma o artigo”, explica Jailson.
Tanto Denisson quanto Jailson não tinham a Engenharia Agronômica como primeira opção de curso, mas, ao entrar no Ifal Piranhas e conhecerem a Agronomia, eles foram conquistados pelo curso e pela produção científica. Jailson é de Piranhas e cursava Geografia na Ufal de Delmiro. Mas quando o curso de Engenharia Agronômica chegou a sua cidade, ele viu aí uma oportunidade de cursar o nível superior gratuito e sem custos de deslocamento e moradia. Já Denisson veio sozinho de Palmeira dos Índios também em busca da formação superior e encontrou na pesquisa e na extensão uma possibilidade de expandir seus conhecimentos e se manter financeiramente na cidade que o acolhera. Se a pesquisa, inicialmente, era uma forma de garantir seu sustento, hoje, é sua paixão e perspectiva profissional.
Sobre a pesquisa desenvolvida por eles, os discentes explicam que escolheram estudar sobre o uso de esterco ovino no cultivo de alface, por ela ser uma das hortaliças mais consumidas no Brasil e pelo fato de o esterco ovino ser estratégico no nordeste, já que ovinocultura é muito forte na região. “Comparado ao esterco bovino, o esterco ovino tem mais nutrientes e o agricultor que cria ovelhas pode utilizar esse esterco nas suas próprias hortas, sem precisar comprar o esterco comercial”, afirma Denisson. Os alunos terão sua viagem à São Paulo, para apresentar os trabalhos, custeada pelo campus.