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Em visita a acampamento sem-terra, estudantes aprimoram conhecimentos agroecológicos

publicado: 29/07/2019 20h37, última modificação: 30/07/2019 14h29

Supervisionados pelos docentes Claudemir Martins (Geografia) e Enedina Souto (Sociologia), estudantes do Campus Piranhas do Instituto Federal de Alagoas - Ifal realizaram, no último sábado (27), uma visita técnica ao Acampamento São Francisco da Comissão Pastoral da Terra - CPT, localizado na zona rural de Pariconha, no Sertão alagoano.

Durante a vivência na área, que abriga 22 famílias de agricultores sem-terra, foram discutidos temas como produção de alimentos sem agrotóxicos, irrigação localizada para a agricultura camponesa, horticultura, fruticultura, conflitos agrários e a luta pela terra. Os visitantes também tiveram acesso às histórias de vida das famílias acampadas. "Conhecer a realidade do sertão alagoano é essencial para nossos estudantes e para que o Ifal cumpra sua missão", defendeu Claudemir. 

De acordo com a aluna Palewa Lannay, a experiência serviu para quebrar preconceitos e reafirmar a viabilidade de aliar uma perspectiva ecológica às práticas agrícolas. "A gente pôde ver várias plantações orgânicas. E me deixou muito feliz quando eles falaram que a base de sustento deles sempre foi a agricultura de subsistência", afirmou. Sabrina dos Anjos, outra participante da atividade, destacou o impacto causado pela situação precária das instalações no local. "É necessário refletir a forma como os acampados são tratados e vistos pela sociedade", disse.

Para o professor Claudemir, a riqueza do momento foi unir teoria à prática, permitindo ao alunado conhecer mais a história da luta pela reforma agrária e os sujeitos sociais envolvidos no sertão alagoano. "Não podemos ficar apenas na teoria, muito menos formulando nossa visão de mundo sobre a luta dos sem-terra apenas pelos meios de comunicação", apontou. 

A possibilidade de estabelecer um diálogo entre o trabalho nas plantações e conceitos tratados em sala de aula empolgou igualmente a professora Enedina Souto. "Abordamos a diferença entre acampamento e assentamento, a importância do movimento do trabalhador rural , além de refletir sobre os diversos tipos de organização política na luta pela terra", concluiu a docente.

Visita técnica