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Bate-papo sobre preconceito e aceitação mobiliza Ifal Piranhas no Dia do Orgulho LGBTI+

Setor de Psicologia do campus conduziu a iniciativa

publicado: 28/06/2019 19h43, última modificação: 28/06/2019 19h43

Estudantes e servidores do Instituto Federal de Alagoas - Ifal em Piranhas se reuniram na manhã desta sexta-feira, 28, para uma roda de conversa em homenagem ao Dia Internacional do Orgulho LGBTI+. A data é celebrada em função de um episódio de perseguição ocorrido no bar Stonewall, em Nova York, em 1969, época em que ser homossexual era crime no país norte-americano. Quem explicou a ocorrência foi o aluno do 4º ano de Agroindústria Victor Gabriel Martins, um dos idealizadores do bate-papo.

Articulado pela psicóloga do Ifal Piranhas, Dúnia de Cássia Campos, o evento contou com a participação do professor João Paixão, que relatou vivências de discriminação em função de sua orientação sexual. "A gente se torna marginalizado, só tem acesso a empregos muitas vezes sub-humanos ou não consegue se inserir no mercado de trabalho por conta do preconceito", apontou.

O momento de reflexão trouxe à tona temas como aceitação familiar, representatividade e superação de esteriótipos. Para Dúnia de Cássia, é necessário trazer esse debate ao universo escolar, como forma de combater o preconceito e criar uma rede de apoio. "Muitos alunos têm receio de falar e podem estar sofrendo bullying ou mesmo enfrentando alguma situação de conflito por conta de sua sexualidade", disse. A psicóloga explicou ainda como é importante que as pessoas tenham liberdade para vivenciar sua sexualidade e que exercitem o respeito à diversidade. 

O público participante interagiu com depoimentos e indagações. Um dos pontos abordados foi o da relevância das paradas gays. Na opinião do servidor Márcio Alexandre, trata-de de "um ato político para reafirmar direitos". O aluno Victor Gabriel concordou com a simbologia de resistência atribuída ao evento. "É uma festa, mas é antes de tudo o momento de celebrar os LGBT's vivos em um país onde, a cada 17 horas, um LGBT é morto. Morrer aqui não é exceção, é regra", disse.

O encerramento do diálogo ficou por conta da leitura de um discurso presente no filme "Orações para Bobby" e da exposição de painel de fotos com personalidades LGBT's de destaque na área política, artística e científica.