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Reestruturação dos planos de cursos integrados pauta reunião no Campus Penedo

Encontro aconteceu nesta quarta-feira (3), reunindo a equipe da Proen, docentes e TAEs da unidade de ensino.

publicado: 04/10/2018 08h36, última modificação: 04/10/2018 09h18

A equipe da Pró-Reitoria de Ensino do Ifal (Proen) esteve no Campus Penedo, nessa quarta-feira (3), para apresentar ao corpo docente e técnico-administrativo o processo de reestruturação dos planos de cursos técnicos ofertados pela instituição na modalidade integrada ao ensino médio. Formada pelo pró-reitor Luiz Henrique Lemos e pelas coordenadoras Margareth Nunes, Cledilma Costa e Verônica Medeiros, a equipe contextualizou a reformulação e as ações até então desenvolvidas para concretizá-la.

Chefe do Departamento de Educação Básica da Proen, Margareth Nunes explicou que as mudanças na grade curricular dos cursos do Ifal já vêm sendo pensadas há algum tempo. “São quase 10 anos desde a criação dos campi da expansão da rede. Alguns cursos chegaram a passar por adaptações, mas a verdade é que a grande maioria precisa ser revisitada para uma atualização que otimize tempo e espaço, e melhor atenda as demandas da sociedade e setor produtivo”, disse a pedagoga, ao relatar exemplos de componentes curriculares com ementas repetidas ou sobrepostas entre as disciplinas da formação geral e técnica.

A comissão para construção das diretrizes e acompanhamento do processo nos campi do Ifal foi constituída no primeiro semestre deste ano, mas atividades nesse sentido vêm acontecendo desde 2016. “Entre essas ações, encontra-se o estudo das diretrizes curriculares nacionais para educação básica e profissional, a realização de seminários, a inserção da temática em eventos de formação pedagógica nos campi, análises dos Projetos Pedagógicos dos Cursos (PPCs), aplicação de questionários e reuniões com docentes e discentes”, informou Margareth.

A reestruturação passa pela redução da carga horária dos cursos que, segundo a Proen, deve ser de até 3.200 horas, tendo em vista a recente mudança da metodologia de distribuição orçamentária para a rede de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT). Atualmente, todos os cursos da modalidade integrada ofertados pelo Ifal são de quatro anos e já se cogitava a alteração para três por motivos diversos, entre eles, a evasão registrada nas turmas de 4ª série. “No entanto, não se trata aqui de eliminar componentes curriculares para atender a necessidade de redução de carga horária, mas de discutir possibilidades de integração de conteúdos que se apresentem como similares”, ressaltou Margareth.

Equipe da reitoria visitou o campus para explicar o processo de reestruturação dos planos de cursos integrados.Na ocasião, o pró-reitor Luiz Henrique informou que, dentre as instituições que compõem a Rede Federal, apenas outros quatro IFs ainda mantêm cursos integrados em quatro anos: Rio Grande do Norte (IFRN), Rio de Janeiro (IFRJ), Paraná (IFPR) e Bahia (IFBA), sendo que os três últimos já possuem algumas ofertas com duração de três anos. “É uma transição pela qual a gente precisa passar, e a urgência que se coloca tem como um dos fatores a mudança no cálculo da matriz orçamentária, que não mais levará em conta a carga horária dos PPCs”, disse o gestor. Na nova matriz, fica garantido o custeio de até 3.200 horas de curso, carga horária menor que a dos cursos do Ifal, cuja média é em torno de 4.000 horas.

Penedo – O campus oferta dois cursos técnicos integrados – Açúcar e Álcool e Meio Ambiente – e, a partir de 2019, Química entrará no lugar do primeiro. O edital do Exame de Seleção lançado este ano já contempla a substituição e, de acordo com o chefe do Departamento Acadêmico do Ifal Penedo, Jarbas Maurício Gomes, o PPC enviado à Pró-Reitoria de Ensino estabeleceu carga horária similar ao curso extinto. No entanto, diante do cenário de reestruturação dos planos de cursos integrados, a equipe da Proen solicitou a adequação do projeto para três anos.

Na reunião dessa quarta-feira, após as explicações da equipe, a recomendação da reitoria foi colocada em debate e docentes do campus levantaram questionamentos sobre os prazos estabelecidos para as discussões e a definição do plano do novo curso. “Ficou então acordado que, em até três semanas, retornaremos ao campus com uma nova proposta de readequação da carga horária para que possamos decidir qual o melhor caminho”, concluiu Luiz Henrique, reforçando que o processo de reestruturação não é para implementar a reforma do ensino médio sancionada pelo governo federal em fevereiro deste ano e que a gestão mantém o compromisso de não extinguir componentes curriculares.