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Ifal Penedo integra projeto em rede nacional aprovado em chamada pública do CNPq

Destinada a incentivar meninas nas ciências, iniciativa tem a professora de Química, Elisangela Santos, como colaboradora
por Lidiane Neves publicado: 05/11/2024 14h07, última modificação: 05/11/2024 14h08

O Instituto Federal de Alagoas (Ifal) é uma das cinco instituições de ensino que integram o projeto “Ciência, Coisa de Menina”, aprovado em âmbito nacional pela Chamada CNPq/MCTI/MMulheres nº 31/2023. A iniciativa será desenvolvida a partir de 2025 e contará com a colaboração da professora de Química do Campus Penedo, Elisangela Santos.

Ao longo de três anos, a docente atuará junto a outras pesquisadoras das regiões Nordeste, Sudeste e Sul para incentivar a presença de meninas e promover a equidade de gênero nas áreas de Ciências Exatas, Engenharias e Computação. A coordenação geral do projeto é da Universidade Federal de Alfenas (Unifal-MG), que, além do Ifal, conta com o Instituto Federal da Bahia (IFBA), a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) como instituições parceiras.

O projeto receberá um financiamento total de cerca de R$ 1,2 milhão. Conforme a proposta aprovada, o Campus Penedo receberá 11 bolsas de iniciação científica, sendo 10 na categoria júnior, destinadas a estudantes dos cursos técnicos integrados ao ensino médio, e uma bolsa para o ensino superior. “Já iniciei o processo de indicação das estudantes bolsistas, seguindo os critérios do edital: alunas negras, indígenas e em situação de vulnerabilidade social”, informou a professora Elisangela.

Atividades previstas

O "Ciência, Coisa de Menina" contará com uma série de atividades estruturadas para engajar jovens mulheres nas chamadas áreas STEM: Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática. Entre as ações planejadas, destaca-se a realização de oficinas práticas e interativas, que permitirão às estudantes explorar conceitos científicos de maneira aplicada. Além disso, o projeto prevê encontros periódicos com cientistas e mentoras, proporcionando às participantes a oportunidade de conhecer trajetórias inspiradoras de mulheres na ciência e discutir desafios e conquistas profissionais.

Cada instituição colaboradora atuará como um polo regional, responsável pela organização de atividades conforme o cronograma, e pela adaptação de conteúdos para atender às necessidades de cada grupo. O projeto também inclui eventos especiais, como palestras e seminários, com foco em tópicos de letramento científico, letramento étnico-racial, assédio, saúde sexual e reprodutiva e violência de gênero.

 Outro pilar da iniciativa são os eventos de divulgação científica, como o "Pergunte a uma Cientista", onde alunas terão a chance de interagir diretamente com mulheres atuantes em STEM. Além disso, prevê um ciclo de palestras itinerantes nas escolas e a produção de conteúdos digitais para o Instagram, YouTube, plataformas de podcast e um site específico para divulgar os resultados e atrair outras jovens para as ciências.

Entusiasmada com a aprovação do projeto, a professora Elisangela manifestou motivação para o início das atividades. “Nossa expectativa é que as meninas possam despertar o interesse para as ciências exatas, para que essa área tenha mais mulheres atuantes. É isso o que a gente espera: que possamos, cada vez mais, galgar espaços na ciência, na pesquisa, que ainda são poucos, principalmente para as mulheres negras”, disse a docente, que é uma pesquisadora negra.

Doutora em Química Analítica pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Elisangela Santos integra o corpo docente do Ifal Penedo desde 2018 e já desenvolveu uma série de pesquisas vinculadas aos programas de Iniciação Científica (Pibic) e de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibiti), além de atuar em atividades extensionistas voltadas à popularização da Química.

Histórico do projeto*

Idealizado pela professora Renata Piacentini Rodriguez, do Instituto de Ciência e Tecnologia (ICT) da Unifal-MG, o “Ciência, Coisa de Menina” começou em 2022 em Poços de Caldas (MG), com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais.

Na cidade onde nasceu o projeto, a mentoria iniciada já formou sua primeira turma com 70 participantes. Entre agosto de 2023 e junho de 2024, as meninas foram envolvidas em atividades como oficinas científicas temáticas e encontros com professoras da Federal de Alfenas e convidadas.

Agora, com o financiamento do CNPq e a expansão para outras regiões do Brasil, o projeto buscará aproximar um número maior de alunas do ensino médio do ambiente universitário e de cientistas mulheres que atuam em áreas majoritariamente masculinas. Em Poços de Caldas, a fase atual é de recrutamento de novas participantes para compor a turma de 2025. 

(*) Com informações do site: https://jornal.unifal-mg.edu.br.