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Visita técnica: recurso pedagógico que alia teoria à prática

publicado: 06/12/2017 09h41, última modificação: 06/12/2017 14h29

Por: Monique de Sá

Mais que uma viagem ou ponto de encontro entre os alunos, a visita técnica é um recurso de aprendizagem que visa a ampliação dos conhecimentos. É através desta experiência que o aluno conhece melhor seu mercado de trabalho e consegue entender na prática o assunto visto em sala de aula. Por todos esses fatores que o Instituto Federal de Alagoas (Ifal), campus Palmeira dos Índios, realiza, durante todo o ano, diversas visitas como estas.

Recentemente, os alunos do quarto ano do curso de Edificações foram conhecer a obra do condomínio residencial Evolution, que fica situado em Maceió (Alagoas). Já a turma do quatro período de Engenharia Civil foi até a cidade de Propriá em Sergipe com destino para a fábrica Cerâmica Amorim, enquanto os alunos do oitavo período, também de Engenharia Civil, seguiram viagem para Aracaju (Sergipe) para um curso realizado no Sebrae.

Visita técnica 1: turma de Edificações – quarto ano
Segundo o professor responsável, Guilherme Viana, a visita teve o objetivo de mostrar na prática a execução de uma obra de grande porte, algo que não poderia ser visualizado pelos alunos em Palmeira dos Índios. “Fomos conhecer como está sendo realizada a construção do condomínio residencial Evolution. Assim, a turma pôde tirar dúvidas acerca do planejamento, serviços e gerenciamento de uma obra deste nível”, conta.

Para o docente, as visitas técnicas acabam sendo um estímulo para a futura profissão de seus alunos. “É a partir de experiências como essa e também com o estágio que eles verificam todos os procedimentos, dificuldades, quais documentos necessários para execução da obra. É através desse contato na prática que eles se sentem empolgados a seguir carreira nessa profissão que eles escolheram, pois passam a enxergar que há uma razão no que foi estudado em sala”, explica.

Jonatas Lima foi um dos alunos do professor Guilherme que participou desta aula fora do campus. “Vimos nesta obra que existem diversos materiais que servem para facilitar o serviço, a fim de que o trabalho seja feito sem desperdício de tempo. Muitas vezes ocorreu de um professor estar dando aula, falando de um determinado assunto ou de um equipamento e eu ficar pensando: com isso acontece? Como isso funciona? Espero ter outras visitas pois fundamenta o conhecimento e capacita o aluno para o mercado de trabalho em sua atuação como técnico”, ressalta.

Visita técnica 2: turma de Engenharia Civil – quarto período
A professora Sheyla Marques e seus alunos da turma de Materiais II foram conhecer de perto o processo de produção de tijolos na fábrica Cerâmica Amorim. “Eles puderam visualizar de perto procedimentos como a utilização da matéria-prima argila, seu armazenamento, mistura, qual a proporção entre argila e água, até o processo de secagem, a ida para o forno, a temperatura necessária. Eles conseguiram assimilar, sobretudo, acerca de quais fatores irão influenciar na obtenção de um bom tijolo ou não”, diz.

Sheyla ressalta que a experiência serviu para que seus alunos pudessem valorizar ainda mais os pedreiros, serventes e operários, que ficam responsáveis pela obra na prática. “É a partir desses profissionais que o engenheiro consegue executar aquilo que foi planejado no papel, por isso é importante que eles tirem esse estigma do “peão de obra” e passem a perceber o quão difíceis são os processos de levantar alvenaria, fazer chapisco, reboco, embolso, etc.”.

Visita técnica 3: Turma de Engenharia Civil – oitavo período
Com o intuito de capacitar os alunos da matéria Avaliações e Perícias na Construção Civil, ministrada pelo professor Gilberto Messias, nove discentes atravessaram o rio São Francisco, rumo ao Sebrae-SE, para um curso voltado ao acréscimo de informações na temática abordada na disciplina.

“Por ter uma carga horaria reduzida, esse curso vem para incrementar, agregar mais informações para a turma acerca do tema exposto. Sem dúvidas, as visitas técnicas são fundamentais, pois têm como aspecto positivo o convívio com outros profissionais, para que se possa ter uma troca de ideias, uma conversa com outras pessoas que também estudam o mesmo tema. Isso acaba envolvendo os alunos cada vez mais com o conteúdo e em suas relações interpessoais. Com certeza, facilita na fixação do conteúdo, o que consegue dar um resultado a curto prazo muito mais satisfatório do que a própria sala de aula”, explana Gilberto.

Para o aluno, Erick Rógenes, de 21 anos, o curso de “Avaliação de Imóveis Urbanos – Fundamentos”, ministrado pelo engenheiro Emerson Meireles, trouxe algo a mais para sua formação acadêmica e seu currículo profissional.

“Pudemos ter contato com a prática através da experiência de Emerson, que nos contou muitos casos e passou dicas importantes. Concordo plenamente com essa metodologia, já que em eventos como esse podemos ter contato com profissionais da área, enriquecer nossa experiência acadêmica e currículo, pois os editais da Caixa Econômica Federal (CEF) exigem curso desse tipo, por exemplo, para ser avaliador", finaliza.