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Projetos de extensão do campus Palmeira beneficiam alunos da rede municipal de ensino

Informática básica, Matemática, Primeiros Socorros são algumas das temáticas trazidas nas ações extensionistas do campus em 2018

por Monique de Sá publicado: 07/01/2019 11h40, última modificação: 07/01/2019 11h40

Projetos de grande valia, que ultrapassam os muros institucionais e transformam a realidade local de centenas de alunos de escolas da rede municipal ensino. Ao longo de 2018, o Instituto Federal de Alagoas (Ifal), campus Palmeira dos Índios, trabalhou suas ações extensionistas e levou os conhecimentos adquiridos em sala pelos discentes para a comunidade externa, abordando temáticas de interesse público e chamando a atenção para a instituição e, também, para sua importância social.

Extensão9.jpgEscolas de ensino fundamental situadas nas cidades alagoanas de Mar Vermelho, Coité do Noia e a própria Palmeira dos Índios foram beneficiadas com os projetos, que envolveram toda a comunidade escolar em assuntos como Informática e Matemática básicas e Primeiros Socorros. Além disso, os projetos de extensão despertaram no alunado do Ifal o interesse pela docência, ao proporcionar o desafio para estes discentes de encarar uma sala de aula pela primeira vez.

Programando para o futuro

Emerson e bolsistas.jpgEnviar um e-mail ou editar um texto em um pacote office para muitos são ações um tanto quanto fáceis, mas para os alunos do 9º ano da Escola Municipal Orlando Lins, situada em Mar Vermelho, isso ainda era uma dificuldade. Foi por conhecerem e serem frutos da escola que os hoje alunos do 3º ano de Informática, Luan Marcos Martins e Everton Walix Silva, pensaram em uma forma de ajudar seus conterrâneos.

“Estudamos lá no ensino fundamental e sabíamos das dificuldades que eles têm em relação a essa matéria. Eles têm o espaço, mas não tinham quem ministrasse as aulas. Por isso, pensamos em uma possibilidade de promover algo que aprendemos para que eles pudessem entender e, quem sabem, se interessassem em cursar o Ifal”, detalha Luan.

Extensão10.jpgPara que isso fosse possível, o professor do campus, Emerson Ferreira, foi uma das figuras fundamentais. No início do ano passado, ele foi procurado com antecedência pelos discentes, que mostraram interesse em ministrar o curso para a Orlando Lins. Com duração de oito meses, o “Programando para o Futuro” era realizado aos sábados e trouxe as noções introdutórias de Informática, mas também trabalhou aspectos mais aprofundados como Montagem e Manutenção e Introdução à Linguagem HTML. Outro ponto importante trazido pela ação extensionista foi a visita feita pelos alunos ao Instituto em setembro do ano passado.

“Eles puderam conhecer a estrutura do nosso campus, como os laboratórios, após participarem de um evento aqui sediado: o Hacksec. Eles ficaram encantados com o que viram. É interessante ver que essa iniciativa do Luan e Everton é como se fosse um ciclo. Ele vieram para cá como alunos e tiveram a vontade de ensinar, voltando para sua escola. É importante também para mostrarmos que o Ifal não é um espaço fechado, já que as portas estão abertas para toda a sociedade”, ressalta Emerson.

José de Sena.jpgMatemática básica

A pacata cidade de Coité do Noia foi projetada recentemente dentro dos municípios com escolas participantes da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). Uma delas é a Escola de Educação Básica José de Sena Filho. Visando estimular os alunos desta unidade a participar de olimpíadas do conhecimento e também conhecer mais o Ifal, que o projeto de extensão: “Preparatório de Matemática Básica” foi executado.

Danrley Soares e Mykael Gomes, ambos de Engenharia Civil, estiveram envolvidos com a ação, que contou com a coordenação do docente Alberto Heleno Rocha. Mesmo se tratando de uma ciência exata, um dos principais obstáculos trazidos pelos alunos na resolução de questões foi justamente interpretação textual. “Primeiro foi feita uma sondagem sobre quais seriam as necessidades da escola com relação ao conhecimento da Matemática, após um mês uma nova sondagem foi feita, em que foram diagnosticadas algumas problemáticas como o envolvimento de problemas matemáticos com pequenos textos”, explica Alberto.

Para ele, é fundamental que a língua materna (Português) e a Matemática (universal) estejam bem alinhadas. “Em qualquer país, as operações serão as mesmas, os números em tese também. Escutamos de muitos professores que veem que seus alunos não têm problemas em fazer contas, mas interpretar o problema que ele recebeu. Às vezes, a resolução é simples, mas se o estudante interpreta fora do contexto, toda resolução do problema será distorcida”, reflete o docente.

No total, foram atendidos 43 alunos através do projeto; além da questão textual, foram relatados como dificuldades: aspectos de geometria e operações, que envolviam diferença e divisão (em um contexto geral). Mas a diferença mesmo foi feita na vida dessas pessoas, que viram em seus facilitadores (Danrley e Mykael), exemplos a serem seguidos, ao abrirem os caminhos do conhecimento para meninos e meninas da Municipal.

Extensão 5.jpgPrimeiros socorros

A falta de conhecimentos prévios em primeiros socorros pode agravar muito o quadro de uma vítima em caso de acidentes. É sob esta perspectiva que a professora Michelly Siqueira em parceria com as alunas Vitória Lopes e Isadora Rocha, de Edificações, realizaram em 2018, o projeto extensionista: “Estudos de primeiros socorros para acidentes mais recorrentes”, realizado na Escola Municipal Douglas Apratto Tenório, em Palmeira dos Índios.

Prmeiros Socorros 1.jpg“Dando as instruções necessárias, nós prevenimos os acidentes que podem ocorrer, pois as pessoas passam a identificar os riscos presentes no ambiente, assim, sabendo atuar nessas situações, esses erros podem ser evitados, o que não permite o agravamento e muitas vezes salva uma vida”, justifica Vitória.

Mas não só de teoria limitou-se as aulas ministradas pelas alunas de Edificações. A ideia era prender a atenção de um público infantojuvenil, já que a amostra envolveu estudantes do 6º ao 9º ano. Para que isso fosse realizado, as aulas eram as mais atrativas possíveis com a introdução de pequenas gincanas, dinâmicas… atividades diferenciadas voltadas para a afixação do conteúdo apreendido.

“Primeiros socorros é uma temática que deve ser ensinada no ambiente escolar, independentemente de ser pública ou particular. As temáticas que levamos foram as dúvidas recorrentes e que vemos no dia a dia”, diz Vitória.

O ano de 2018 foi marcado por essas e outras ações ligadas à extensão acadêmica do Ifal, que mudaram a realidade de milhares de pessoas em Alagoas. Em 2019, um novo edital está previsto para sair nesta terça, 08, tendo como prazo para inscrições de 18/01 a 18/02. Por isso, se você tem uma ideia inovadora, que ultrapasse os muros institucionais, não deixe de submetê-la!