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Projeto Construir: comunidade indígena em Inhapi será beneficiada com construção de escola

publicado: 21/02/2018 10h34, última modificação: 21/02/2018 10h34

Por: Monique de Sá

Após quatro anos de pesquisas para comprovar a viabilidade do produto, os tijolos ecológicos, aqueles feitos com a cinza do bagaço da cana-de-açúcar, enfim estão sendo utilizados para o seu objetivo principal: baratear custos, levando a construção de casas populares para a população carente. Prova disso, foi a entrega da primeira casa no município alagoano de Pariconha, ocorrida em novembro do ano passado.

O projeto, denominado “Construir: tijolos ecológicos (construção, inovação e sustentabilidade)”, vai mais além e aceitou o desafio da ONG Visão Mundial para a construção de uma escola em Inhapi para a comunidade indígena Koiupanká. A ação faz parte de um projeto de extensão na categoria PROPEQ, idealizado e executado pela professora Sheyla Marques e seus alunos do Grupo de Estudos de Tecnologias para Construção Civil (GETECC), do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) de Palmeira dos Índios.

“Abraçamos essa causa pela nobreza do projeto e pela importância que essa escola terá para esta comunidade indígena. Na última sexta, 16, fomos conhecê-los e ouvir deles suas necessidades e anseios para a obra. Nosso grupo foi bem recebido! A tribo explicou para nós que esta escola não será voltada apenas para o ensino tradicional, mas também será um local de perpetuação da cultura indígena para que isso possa continuar arraigado nas futuras gerações”, explica Sheyla.

O prazo é um desafio para o grupo, já que eles têm três meses para finalizar a construção da escola. Segundo Sheyla, atualmente a comunidade cede espaços improvisados para que os alunos possam ter aulas, que ocorrem nos períodos da manhã, tarde e noite e engloba da educação infantil ao nono ano.

O projeto de extensão Construir é composto por três bolsistas: Arthur Amaral, Hanna Barbosa e Juliana Brito. Esses futuros engenheiros serão os responsáveis por fazer a diferença na vida dessas comunidades carentes e também na comunidade indígena Koiupanká. A palavra é: transformação, não só na vida dessas pessoas, mas na desses alunos que adentrarão o mercado de trabalho mais humanos.

“Através do projeto conseguimos transformar os conhecimentos adquiridos na faculdade em melhorias na qualidade de vida destas pessoas que sofrem com esse deficit de moradia, o que infelizmente é uma realidade bastante comum em nosso país. A extensão abriu nossos olhos e nos possibilitou conhecer novas culturas e propostas sustentáveis de moradia, motivando-nos na nossa vida pessoal e profissional”, diz Arthur, aluno de Engenharia Civil do 6ºperíodo, 20 anos, bolsista do Construir.

GETECC: incentivo à pesquisa e ao social

Ao todo, nove integrantes fazem parte do GETECC e eles se dividem para dar continuidade aos projetos da construção da escola e das casas populares na região de Palmeira dos Índios, além de atuar em suas pesquisas e no acompanhamento das execuções dos tijolos nas frentes de trabalho.

“Quando entrei para o curso de Engenharia Civil estava engajado para participar de tudo que estivesse ao meu alcance, mas, sem dúvidas, o GETECC é a melhor oportunidade que tive na instituição, pelo fato de abrir meus olhos para o mundo científico e para os bastidores da construção civil, além de aplicar o que foi aprendido em sala de aula na sociedade. É muito interessante trabalhar e descobrir o uso de novas tecnologias, por isso espero continuar até o final da minha graduação no grupo e desenvolver novas pesquisas. O GETECC transforma vidas!”, finaliza Arthur.