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Professores do Ifal Palmeira representam a Instituição no Fórum Social Mundial

publicado: 20/03/2018 10h49, última modificação: 20/03/2018 11h41

Por: Monique de Sá

“Debates sobre a democracia em um ambiente amplamente democrático”. Essa é definição dada pela professora de Geografia Flora Pidner do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), campus Palmeira dos Índios para o Fórum Social Mundial (FSM), evento ocorrido na cidade de Salvador – BA, entre os dias 13 e 17 de março. Além dela, estiveram representando a instituição, os professores Edneide Ferreira (Língua Portuguesa) e Luiz Domingos do Nascimento (História).

Cerca de 60 mil pessoas, de 120 países, reuniram-se com o intuito de debater e definir novas alternativas e estratégias que contribuíssem para a ampliação da mobilização e da articulação das resistências entre si, com eixos temáticos eleitos em consultas nacionais e internacionais, entre eles “Comunicação e Mídia Livre”, “Migrações” e “Vidas Negras Importam”.

“Foi uma experiência boa porque vimos uma variedade de debates que interessam para nossa formação e para os projetos que temos proposto e iremos propor. Lá tivemos a aprendizagem através de mesas com pessoas consagradas, como a ex-ministra das Mulheres Nilma Lino e também tivemos voz ao participar de sessões comunicativas e contarmos nossas experiências aqui no Ifal acerca dos nossos projetos, como o Negritude em Foco. Além disso, fomos presenteados com momentos culturais e intervenções artísticas”, explica Flora.

Para a professora Edneide, esse foi um momento de atualização profissional, mas também de muita reflexão social. “É intrínseco à docência essa questão da atualização, por isso se faz importante nossa participação no Fórum, por ser um espaço de variedades temáticas abordadas de uma forma dinâmica. Unimos o útil ao agradável! Lembro especificamente de uma intervenção poética feita pelo pessoal de Letras (minha área) que ocorria em paralelo a outras ações realizadas nos corredores. Foram mostras interessantes na perspectiva da docência, que poderei adaptar, por exemplo, no Piquenique Literário”, explana.

Edneide também adianta que será um objetivo dos docentes, para as próximas edições, levar alunos do Instituto. “Vimos uma caravana com alunos do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) e isso despertou em nós essa vontade. A ideia é incluir a presença do alunado que trabalhe de forma direta com projetos e possa representar nosso campus no FSM”, diz.

Amplo leque de temáticas

Direito à cidade, feminismo, comunicação, povos indígenas, diversidade de gêneros. A gama de eixos temáticos tratados no FSM foi múltipla e enriquecedora. O desafio para os docentes do Ifal era estar presentes nas diversas ações realizadas nos cinco dias do evento. O grupo se dividiu de acordo com seus interesses individuais, que contribuíssem para suas formações. Muitas vezes, os interesses se encontravam. Se a onipresença fosse possível, com certeza os docentes a utilizariam.

“Confesso que no primeiro dia fiquei confusa. O que escolher? Então fui focando em mesas e salas que tratassem do feminismo, incluindo, também, outros eixos”, conta Edneide.

Doutora em Geografia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Flora lembra a participação do grupo soteropolitano Latitudes Latinas, que levaram práticas interessantes a serem adotadas por ela em sala. “Eles tratam desses processos de desconstrução dos esteriótipos. Por exemplo, quando pensamos em países da América Latina vem aquela ideia negativa, diferentemente de quando pensamos em grandes potências. O intuito é desconstruir esses olhares enviesados e entender que o mundo está em constante mutação”, afirma a docente.

Assembleia Mundial das Mulheres

No mês em que é comemorado o Dia Internacional da Mulher e na semana do assassinato da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco, o FSM trouxe uma programação dedicada ao público feminino. Na sexta-feira, 16, houve a chamada Assembleia Mundial das Mulheres, atividade realizada no Pelourinho e que contou com a presença de milhares de mulheres de diversas partes do mundo.

“Foi interessante ver mulheres do mundo inteiro falando sobre suas perspectivas de luta. No sentido geográfico, por mais que a luta seja uma em cada lugar ela é realizada de acordo com suas especificidades culturais. Fiquei feliz ao ver a participação de mulheres curdas, já que no ano passado durante a realização da  I Simulação das Organizações Internacionais em Alagoas (SOIAL), a gente falou sobre o Curdistão. As curdas têm um protagonismo forte dentro da luta pelo reconhecimento do seu território e seu exército feminino se faz importante neste processo”, detalha Flora.