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Professora do Ifal Palmeira é selecionada para evento internacional de cientistas mulheres
Atividades do SoapBox no Brasil ocorrerão em três cidades nos meses de junho, julho e novembro
Já imaginou um evento científico feito por pesquisadoras de todas as partes do mundo com o objetivo principal de disseminar pesquisas científicas nas ruas de uma cidade? Este evento existe e tem origem no Reino Unido. Trata-se do SoapBox Science, que ocorre em vários países e, no Brasil, será realizado pela segunda vez. Este ano, nas cidades do Rio de Janeiro-RJ, Salvador-BA e Maceió-AL.
Após uma criteriosa seleção sobre linhas de pesquisa, a professora do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), campus Palmeira dos Índios, Sheyla Marques, foi convidada para estar no evento, representando a instituição e levando seus trabalhos voltados à sustentabilidade na edição do SoapBox, que será realizado em julho, no Rio de Janeiro. Para a docente, esta é uma oportunidade de construção de conhecimento com outras pesquisadoras e para tratar também do papel da mulher na difusão de informações científicas.
“É muito interessante a maneira como o evento é trazido, não ficando restrito apenas ao público da Academia. O SoapBox é aberto, feito em praças, onde falaremos de nossas pesquisas de uma maneira simples para que todos possam ter acesso à Ciência”, diz Sheyla.
Na praça Mauá, em frente ao Museu do Amanhã, a professora terá a chance de difundir as pesquisas realizadas dentro do Ifal, como a construção de tijolos com as cinzas do bagaços da cana-de-açúcar e a confecção de pisos com a casca de sururu.
“O maior paradigma a ser quebrado é que as pessoas parem de ver esses produtos como lixo, mas como um material nobre que pode ser utilizado na produção de outros produtos. O intuito é dar um destino final para esse material, fechando seu ciclo produtivo. Por isso é necessário ter essa conversa com a população, passar essas informações para outras pessoas”, reforça.
Realizado pela primeira vez no Reino Unido em 2011, o SoapBox exalta as ciências que diversas mulheres cientistas produzem, fazendo com que esse conhecimento chegue até as pessoas que estiverem passando na rua, especialmente àquelas que não tem acesso a esse tipo de pesquisa no seu dia a dia.
“A Ciência ou qualquer atividade não é restrita a um determinado tipo de gênero. Não há diferença na construção do conhecimento, mas sabemos que vivemos em um mundo que é gerido por homens, por isso temos que justamente mostrar o contrário: somos pesquisadoras tão boas quanto os homens. Este momento é para fortalecer nossa luta na busca por direitos iguais. Homens e mulheres têm papel fundamental em nossa sociedade”, avalia a pesquisadora.