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O que são Práticas Integrativas Complementares e como inseri-las em sua quarentena?

A técnica de Enfermagem do campus Palmeira, Celsa Tenório, fala sobre práticas terapêuticas no controle da ansiedade e como forma de prevenção à Covid-19

por Monique de Sá publicado: 22/04/2020 12h15, última modificação: 30/04/2020 10h23

Você sabe o que são Práticas Integrativas Complementares (PICs) ou as chamadas Práticas Terapêuticas? A técnica de Enfermagem do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), campus Palmeira dos Índios, Celsa Tenório, é especialista no assunto e umas das convidadas para a série de reportagens especiais “Ifal Versus Corona”. A profissional trará dicas sobre o tema e abordará o uso de plantas medicinais no alívio de sintomas de gripes e de outras infecções causadas por vírus.

Segundo Celsa, as PICs são tratamentos que utilizam recursos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais, voltados para prevenir diversas doenças como depressão e hipertensão, aliviar sintomas e tratar pessoas que já estão com algum tipo de enfermidade. Em alguns casos, também podem ser usadas como tratamentos paliativos em algumas doenças crônicas.

celsa.jpeg“Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece, de forma integral e gratuita, 29 procedimentos dessas práticas para a população em todo o Brasil. Dentre as quais: Acupuntura, Reiki, Auriculoterapia e Fitoterapia”, ressalta.

Essas práticas terapêuticas são responsáveis por tratar o ser humano em todos os níveis: físico, mental, emocional e espiritual, buscando harmonizar o indivíduo com seu meio ambiente e ajudando a restaurar o equilíbrio energético do corpo, melhorando o sistema imunológico que é formado por um grupo de células específicas que atuam na defesa do organismo contra o vírus, bactérias e outros germes. “No entanto, as PICs não devem substituir o tratamento médico convencional e, sim, complementá-lo”, alerta Celsa.

Manjericão - material do SUS.jpgUso de plantas medicinais (Fitoterapia)

As plantas medicinais são utilizadas por diversos povos e culturas, desde os primórdios da civilização, e os saberes e práticas tem sido repassados entre gerações e, por isso, ganhou o interesse das organizações internacionais de saúde no final da década de 70, período em que as medicinas alternativas foram institucionalizadas.

Algumas plantas são reconhecidas como grandes aliadas no alívio de sintomas de gripe e de outras infecções causadas por vírus e podem ser consumidas em sua forma natural no preparo de chás, saladas e outros pratos, além de medicamentos fitoterápicos.

Melissa - Material do SUS.jpg“São exemplos de plantas que trazem esses benefícios: manjericão (recomendado para tosse, rouquidão e cólicas), melissa (ansiedade e insônia), guaco (expectorante e broncodilatador natural), erva cidreira (alívio de sintomas de ansiedade, palpitações benignas e sintomas de gripe), hortelã da folha graúda (alívio da tosse, bronquite e rouquidão), hortelã fina (sintomas de gripe e congestão nasal) e alho (reconhecido por sua ação antimicrobiana e expectorante, age nos sintomas de gripe, resfriado e tosse)”, expõe a técnica.

Celsa alerta que tais plantas não exercem ação direta de combate ao Coronavírus e, por isso, não devem substituir um tratamento prescrito pelo médico. “Até o momento, não há evidência científica de que tratam a Covid-19. No Brasil, o uso de medicamentos fitoterápicos é regulamentado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). São necessários cuidados como: observar a ocorrência de efeitos adversos, a exemplo de reações alérgicas. Dar preferência ao uso de plantas conhecidas e/ou consumidas anteriormente, principalmente se for gestante. Em caso de reações adversas, o uso deve ser imediatamente suspendido e o paciente deve procurar o serviço de saúde”, destaca.

Algumas plantas podem ainda interagir com medicamentos e com outras plantas. Portanto, antes de utilizá-las, o médico deve ser consultado, principalmente em caso de hipertensão e de diabetes, por exemplo. “Antes de consumi-las, adote medidas de higiene: lave bem as mãos e, durante o preparo, utilize solução de hipoclorito (água sanitária). Coloque uma colher para cada litro de água e deixe as folhas de molho durante 15 minutos para matar os germes. Em seguida, lave em água corrente para retirar os resíduos”.

Dicas para aumentar a imunidade e prevenir o Coronavírus

Além das medidas preventivas de distanciamento social e de higienização das mãos, preconizadas pelo Ministério da Saúde, de acordo com Celsa, é necessário buscar o fortalecimento do organismo adotando-se outras medidas, a exemplo de:

Ter hábitos alimentares saudáveis (comer frutas, verduras e folhas de cores variadas);

Tomar muito líquido (água e sucos naturais);

Adotar uma técnica de meditação: concentre-se na respiração ao som de uma música agradável. Isso ajudará a prevenir ou controlar a ansiedade, manter o equilíbrio físico e mental e melhorar o padrão respiratório;

Manter o ambiente iluminado pelo sol e arejado;

Exercer a prática da gratidão. Estudos científicos revelam que o exercício da gratidão melhora a saúde física e mental, bem como o padrão do sono, uma vez que promove a liberação de dopamina e serotonina, neurotransmissores responsáveis pela sensação de prazer e de repouso;

Evitar palavras de ordem negativa, como: “eu não posso”, “eu não consigo”. Use afirmações como: “eu posso”, “eu sou capaz”;

Relaxar com massagem na orelha. Uma prática simples e que pode ser aplicada na própria pessoa ou em outra pessoa, inclusive idosos e crianças para prevenir a ansiedade. Basta pressionar todas as partes da orelha entre o polegar e o indicador com pressões firmes, porém, leves a moderadas. Cada local deve ser pressionado por um minuto.

Além de técnica de Enfermagem, Celsa é enfermeira, mestre em Pesquisa em Saúde, reikiana nível 2 e auriculoterapeuta.

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