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Mãe e filho falam sobre experiência de passar no Exame de Seleção do Ifal Palmeira

por Monique de Sá publicado: 07/02/2019 11h51, última modificação: 07/02/2019 12h14

Após mais de 30 anos trabalhando, Tânia Maria Soares se aposentou como professora da rede estadual de ensino. Mãe de dois filhos, ela passou sua vida dedicada ao magistério. Com uma série de certificados em mãos dos diversos cursos que fez ao longo de sua vida, a professora de História e psicopedagoga decidiu que não pararia por aí. No ano passado, ela com seus 53 anos, decidiu que faria o Exame de Seleção do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), campus Palmeira dos Índios, para o curso técnico em Segurança do Trabalho.

Em 2018, Tânia esteve no campus também para matricular seu filho, Danyel Soares, que passou no Exame, só que para o curso técnico integrado em Edificações. Daquele dia, a professora aposentada colocou como meta de vida que a próxima da família a entrar para o Instituto seria ela. E foi o que ocorreu. Força de vontade, determinação e vivacidade foram os ingredientes básicos de Tânia para sua aprovação.

“O sonho em fazer o curso de Segurança do Trabalho começou quando eu fiz um de curta duração a distância em Arapiraca. Fui para acompanhar alguns alunos do Colégio Estadual Graciliano Ramos e outros de Igaci. Gostei basante do que vi e decidi que queria fazer algo que tivesse mais consistência, queria ter um aprofundamento maior da área”, detalha Tânia.

Segundo a aposentada, não há tempo para ociosidade, afinal todos os seus dias são preenchidos com atividades. É o que garante o filho, Danyel: “Achei que quando minha mãe se aposentasse, ela descansaria, mas hoje ela tem menos tempo do que quando estava trabalhando. Tenho muito orgulho por ela querer continuar aprendendo”, elogia. Tânia ainda completa: “Não gosto de ficar parada. Gosto de conversar e fazer novas amizades e desde pequena eu sempre estive ligada aos estudos”, garante.

A família que reside no bairro de Vila Maria, em Palmeira dos Índios, viu no Ifal uma chance de ter um ensino de qualidade e de forma gratuita, algo que veio para aliviar as contas na casa de Tânia, já que ela sempre pagou escola particular para os filhos. “Sustento uma casa sozinha e a ida dele para o Ifal me ajuda muito financeiramente”, diz Tânia.

A vontade de Danyel de fazer parte do Ifal veio também de sua paixão pelos esportes. “Sempre ouvi que o handebol no Instituto cresceria. Então vi no Ifal essa possibilidade de melhorar no esporte. Aqui, eu pratico vôlei (professor Maurício Ricardy) e handebol (professor Flávio Melo) e já tive algumas oportunidades como a participação nas seletivas para os Jogos dos Institutos Federais (JIFs)”, conta o garoto de 16 anos.

E foi com esse ânimo e muita dedicação aos estudos que Danyel foi aprovado em 7º lugar para o curso vespertino em Edificações, dando o primeiro passo para a carreira que quer construir como arquiteto: “Sempre gostei de desenhar casas e saber como os ambientes são executados. Gosto muito do curso principalmente por conta da área de desenho técnico. Após concluir Edificações, pretendo fazer Arquitetura e Urbanismo na Ufal”, ressalta.

Sobre sua expectativa para Segurança do Trabalho, Tânia se diz pronta para encarar mais esse desafio em sua vida. “Sei que não é um curso fácil. Sei que terei dificuldades, mas vou vencer! Tenho força de vontade. Já superei um coma, um divórcio… então isso será tranquilo”. Sem dúvidas, para ela a trajetória no Ifal será ainda mais fácil por ter o filho do seu lado, que não dividirá apenas um lar com ela, mas todas suas vivências e experiências de Ifal. Para ambos, agora, a vontade de vencer é conjunta!

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