Notícias
II SOIAL desperta a atenção do alunado para a disputa pelo território da Caxemira
Alunos simulam reunião da ONU em mais de oito horas de atividades
Desenvolvimento da oratória, argumentação, postura e formas de convencimento. Um verdadeiro exercício de diplomacia ao vivo está sendo realizado no campus Palmeira, nesta sexta, 27. Desde o ano passado, cerca de 22 alunos participam ativamente da formulação e organização da II Simulação das Organizações Internacionais em Alagoas (SOIAL), que traz para o público uma “encenação” de uma assembleia da Organização das Nações Unidas (ONU).
Este ano, a SOIAL traz como tema para discussão a questão da Caxemira, contando com a presença de países envolvidos direta e indiretamente nesta disputa, como: França, China, Bangladesh, Índia, Paquistão, etc. A simulação ocorreu pela primeira vez em Alagoas e no Ifal em 2017 e foi idealizada pelo egresso de Edificações, Fernando Cavalcanti – hoje estudante de Economia da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).
“O meu intuito inicial ao desenvolver a SOIAL no Ifal foi trazer protagonismo para os alunos dentro do ensino médio, focando em desenvolver habilidades necessárias para a faculdade, por exemplo. Falar sobre a política internacional é importante, principalmente para nós que somos jovens e precisamos entender o contexto mundial que influencia nosso país”, ressalta o idealizador.
Por que a Caxemira?
Flora Pidner, professora responsável pela execução da simulação no campus, explica que a região da Caxemira é um território que está na fronteira entre China, Índia e Paquistão havendo uma disputa territorial desde o processo de descolonização em 1947 entre os dois últimos países. “A disputa é por uma região estratégica com recursos hídricos e no contexto do sul da Ásia, sabemos que a água é uma questão de necessidade, sobretudo por seu alto número populacional e também por possui áreas mais secas e áridas”, explana a docente.
A docente ainda acrescenta que esse processo do que foi definido na descolonização é questionado por ambos países, o que ocasionou três grandes guerras entre eles, envolvendo armas nucleares. “Para piorar a conjuntura, há a presença de grupos terroristas na região que questionam a presença da Índia naquela área. Enfim, estamos falando de uma temática delicada e complexa e que ao mesmo tempo traz curiosidade acerca de qual encaminhamento será dado pelos alunos neste debate”, diz.
Novidade: comitê de imprensa
A grande nova desta edição é a participação de um comitê de imprensa, responsável por veicular em sua rede social os principais momentos da simulação, além de fazer a divulgação do evento. A função ficou a cargo da aluna de Edificações, Caroline Barbosa. “Por dentro” das novas mídias e antenada com o mundo digital, a garota explica sua função.
“Ao final, farei a moderação de um debate com perguntas feitas por mim. Priorizarei as questões que os delegados (alunos representantes de cada país) mais prezam e também suas contradições. Além disso, fico à frente dos registros fotográficos”, explica Caroline.
O modelo deste ano foi aprovado pelo estudante de Economia e idealizador da SOIAL, Fernando Cavalcanti: “É bonito ver que a SOIAL cresceu dentro do campus. Os três alunos secretários que organizaram (Lissane Oliveira, José Ferreira e Vitória Lopes) foram escolhidos por mim e hoje cabe a eles escolherem os próximos organizadores. A novidade é que o meu objetivo agora é levar a SOIAL para a Universidade Federal e estreitar essa relação entre nível médio e superior”, conclui.