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Ifal Palmeira é finalista e representará AL em Olimpíada Nacional de História do Brasil

Grande final ocorrerá nos dias 17 e 18 de agosto na Unicamp

por Monique de Sá publicado: 26/06/2019 11h00, última modificação: 26/06/2019 11h08

Maninha Xukuru e Lily Lages. Mulheres à frente do seu tempo, figuras importantes para a história de Alagoas. Elas também foram fundamentais para a classificação para grande final dos alunos do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), campus Palmeira dos Índios, na 11ª Olimpíada Nacional de História do Brasil (ONHB). Na sexta fase da competição, eles tiveram que escolher um nome relevante para Alagoas e fazer um capítulo para um livro, e assim eles escolheram: Lily (primeira mulher eleita deputada em AL) e Maninha (primeira mulher a fazer parte da articulação dos povos indígenas).

Mais uma vez, a unidade de ensino foi a única instituição em Alagoas a ser classificada para a fase final da ONHB, que será realizada em agosto, na cidade de Campinas-SP. Este ano, foram inscritas 18.500 equipes, dessas, apenas 314 foram convocadas para a última etapa. Rodrigo Guedes, Shirley Cabral e Beatriz Cavalcante formam a equipe Olímpicos equipe.jpgdo Agreste; já Gisele Dantas, Larissa Almeida, Maria Eduarda de Sá fazem parte da Braúnas. E o detalhe é que os dois grupos são orientados pelo professor de História do campus, Roberto Idalino.

Esta é a oitava vez que Idalino participa da Olimpíada e a sexta que chega até a fase final. Especialista quando o assunto é ONHB, o docente diz que não há um segredo para tantas vitórias, mas que a experiência conta muito e auxilia em todas as fases. “É um trabalho conjunto desenvolvido e baseado em anos anteriores. Pedimos que eles respondam as questões em casa e depois fazemos reuniões semanais para trabalhar essas questões e indicar a melhor possibilidade de resposta”, diz Roberto.

idalino.jpgNa ONHB não existe uma única assertiva correta, das quatro alternativas, uma está totalmente errada e as outras variam em sua pontuação quanto à pertinência. E isso atrai muito a atenção do professor: “Acho que esse é o diferencial da ONHB. Eles caminham pela direção de que não existe uma verdade na História. É interessante ressaltar que, este ano, foi abordada uma temática interessante dentro da olimpíada: os excluídos da História. Eles focaram em minorias como: negros, índios, mulheres, gays, presidiários”, explica o docente.

Em seu último ano de Ifal, o aluno do 4º ano de Edificações, Rodrigo Guedes, realizará um grande sonho que é estar na fase final da Olimpíada. Esta é a terceira vez que ele participa e desta vez com um gosto muito especial de ser finalista. Para ele, sua preparação mais focada o ajudou a obter este êxito.

Acho que nos empenhamos mais. Ficamos todas as semanas à tarde para estudar os assuntos e olha que foi algo cansativo, pois tinha que conciliar com as atividades de monitoria. Estudamos de forma minuciosa e o professor Roberto foi muito importante para alcançar essa conquista, pois através de sua orientação não ‘viajamos’ tanto em algumas questões e discutíamos o assunto que trouxesse uma dúvida”, conta o estudante.

Idalino ressalta também que assim como nesta e em edições anteriores, a final da ONHB só foi alcançada através de um trabalho de articulação e interdisciplinar com as professoras de Português do campus: Vanúsia Amorim, Edneide Leite e Danielle Gomes. “São colegas e parceiras de alguns anos que têm dado uma colaboração e nos ajudam em questões gramaticais e de interpretação textual”.

ONHB

A ONHB é um projeto realizado pelo Departamento de História da Unicamp. Em 2019, em sua 11ª edição, consolidou-se com uma importante ferramenta de aprendizado do ensino de História. Tem apoio do CNPq e do Programa de Pós-Graduação em História da Unicamp. A participação na Olimpíada de História ocorre por meio de equipes formadas por um professor de História e três alunos matriculados nos 8º e 9º anos do Ensino Fundamental e todos os anos do Ensino Médio – escolas públicas ou particulares.