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Estudantes do Ifal Palmeira relatam experiência de estágio remoto com criptomoedas

Atividade é desenvolvida sob a supervisão e coordenação do professor de Informática, Érico Guedes

por Monique de Sá publicado: 19/06/2020 14h29, última modificação: 19/06/2020 14h29

Durante uma aula, no início deste ano letivo, sobre uso de novas tecnologias que alunos do curso de Informática do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), campus Palmeira, foram apresentados pelo professor, Érico Guedes, às criptomoedas. Naquele dia, a turma pôde aprender também sobre inteligência artificial, realidade virtual e aumentada e impressão 3D. Instigados pelo assunto, um grupo de discentes procurou Érico a fim de entender mais sobre o mundo das criptomoedas (as moedas digitais).

Da curiosidade, veio a primeira reunião ainda física, sendo realizada no próprio campus. Mesmo com a suspensão das atividades acadêmicas, o grupo não parou e mantinha o contato com o docente através de reuniões remotas. Foi daí que surgiu o SmartCrypto Group do Ifal Palmeira – um grupo de pesquisa e empreendedorismo em criptomoedas.

“Procuramos por produtos que pudéssemos oferecer às corretoras de criptomoedas, as chamadas exchanges, que atuam no Brasil. O primeiro produto que oferecemos às corretoras foi a possibilidade de integrá-las com bibliotecas de código usadas para desenvolver robôs, conhecidos como bots. Os usuários das exchanges usam bots para automatizar as operações de compra e venda de criptomoeda. Passamos a ofertar essa solução dentro do mercado nacional”, explica Érico sobre o processo de iniciação do grupo.

Junto ao SmartCrypto veio a oportunidade para os estudantes do 3º ano de Informática, Lucas Barros e Alison da Silva, de estagiarem remotamente em duas empresas: a Bitpreço e a BitcoinToYou, localizadas em São Paulo e Minas Gerais, respectivamente. No estágio a distância, Lucas e Alison podem desenvolver habilidades em programação, um dos focos do curso técnico, e em engenharia de software para gerenciamento do projeto.

“Estou desenvolvendo uma ferramenta de automação de negociações de criptomoedas, através do uso de uma Interface de Programação de Aplicações (API) e de uma biblioteca virtual chamada CCXT. O intuito é otimizar e fazer a automação de várias ações envolvendo essas moedas. Nesse desenvolvimento, fico encarregado de fazer o código da ferramenta na linguagem em Javascript, o que faz com que eu aprenda cada vez mais sobre o assunto”, relata Alison.

lucas.jpgSem sair de casa, os garotos aliam a teoria adquirida em sala de aula com a prática do primeiro estágio. “Consigo respeitar a quarentena e ainda desenvolver meu trabalho (programando) e trazendo facilidades para que clientes possam realizar seus negócios. É uma forma de mantermos hábitos na área, aprender e receber por nossa atividade, já que é remunerada”, diz Lucas.

alison.jpgAlison compartilha da mesma opinião do seu colega e lembra que esta é uma motivação a mais para seguir uma carreira na área. “Esta primeira experiência está sendo fantástica, tanto pelo fato de trabalhar com programação, quanto pelo home office, em que eu posso fazer tudo sem sair de casa. É algo que me motiva para continuar no ramo da Informática e, quem sabe, no futuro, fazer uma faculdade de Ciência da Computação”, planeja o estudante de 17 anos.

Supervisão

Sob a coordenação e orientação de Érico, através de reuniões on-line, os alunos podem diariamente tirar dúvidas e, por meio do Scrum (ferramenta de gerenciamento de projetos) são realizados os controles das atividades desenvolvidas. “Continuamos o uso no Google Meet, e verificamos se os objetivos traçados para o dia anterior foram cumpridos, quais os objetivos para o dia corrente e se há obstáculos impedindo o andamento das atividades”, conta Érico.

Para o docente, trazer o estágio remoto para esses alunos é uma forma de quebra de paradigmas proporcionada pela 4ª Revolução Industrial, por isso, internamente, foram adaptados esses processos para que fosse possibilitado um estágio em home office a esses garotos.

“A possibilidade de aplicar e potencializar as tecnologias, nas quais eles foram treinados, são benefícios que eles levarão ao longo de suas carreiras profissionais. Talvez não conseguíssemos imaginar a possibilidade de realizar um estágio home office em empresas fora do estado de Alagoas, mas isso foi possível. Por isso agradeço a todos que se envolveram nesse processo: coordenadores e diretores do campus, além da Reitoria do Ifal”, conclui Érico.

Pró-reitoria de Extensão (Proex)

Diante do quadro de pandemia e das orientações de órgãos oficiais como o Ministério da Saúde, a Pró-reitoria de Extensão do Ifal (Proex) recomendou a suspensão dos estágios no Instituto. Coube a cada coordenação em consonância com a direção-geral do campus tomar a decisão, mediante a referida orientação.

No caso dos estudantes, Lucas e Alison, não foram observados prejuízos no tocante à realização dos estágios, já que são atividades que estão sendo realizadas em suas próprias residências, não exigindo deles, deslocamento.