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Equipe de Assistência Estudantil lança ações para o Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes
Era 18 de maio de 1973 quando uma menina de apenas oito anos, no Espírito Santo, foi sequestrada, violentada e brutalmente assassinada. Os agressores, jovens de classe média, nunca foram punidos. A notícia choca, mas chama a atenção para algo que, infelizmente, é recorrente em nosso país: a violência e a exploração sexual de crianças e adolescentes. Desde este dia, essa data se tornou o marco para que a população brasileira pudesse se manifestar contra esse tipo de violência.
A equipe de Assistência Estudantil do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), campus Palmeira dos Índios, em articulação com os docentes da instituição, preparou uma série de ações para o mês de maio com o intuito de tratar a temática com os alunos e alertá-los para a causa. Ana Almeida, assistente social do campus, explica que a ideia é fazer uma campanha interativa.
“Este ano, optamos em não trazer apenas palestras, mas realizar algo interativo que envolvesse toda a comunidade acadêmica. Para isso, serão realizadas atividades em sala e extraclasse. Tivemos uma boa adesão ao projeto. Até agora 12 professores estão envolvidos e cinco disciplinas já tem ações a serem executadas: Artes, História, Educação Física, Geografia e Língua Portuguesa”, informa Ana.
No próximo sábado, 19, será veiculado o filme “O silêncio de Lara”, fazendo parte, também, das ações do Cinediversidade, projeto de ensino idealizado pelo docente Luiz Domingos do Nascimento, e que abre espaço para que o aluno discuta questões sociais através de mídias. Além disso, já estão expostos por todo o campus, cartazes tratando do Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
“Dividimos o projeto em cinco etapas, já que o mês de maio tem cinco semanas. Na primeira, trataremos acerca do que é o 18 de maio e de como será essa intervenção no campus. Na segunda semana, apresentaremos o que é violência sexual (conceitos), na terceira falaremos sobre esses tipos de violência, na quarta chamaremos a atenção em como identificar o abuso e a exploração. Por último, vamos abordar as redes de proteção (estadual e municipal) às vítimas”, detalha a assistente social.
Fátima Pimentel, psicóloga do campus, também é uma das idealizadoras das atividades. Ela ressalta que o objetivo não é trazer a culminância do projeto para o 18 de maio, mas realizar ações para todo o mês, e incluir a veiculação de vídeos no refeitório.
“Cada professor, responsável por sua disciplina, à medida que for fazendo atividades mostrarão esses resultados nos intervalos. Outras ações que demandem mais tempo como cinema e teatro serão realizadas aos sábados. Para despertar ainda mais o alunado, veicularemos vídeos nos refeitórios, trazendo mensagens de como identificar a violência, o papel do professor, depoimentos das vítimas, entre outros aspectos”, ressalta Fátima.
Elas lembram que este é um compromisso educativo e visa construir formações em sala de aula. Para que a iniciativa fosse possível, as servidoras contaram com o auxílio dos estagiários de Psicologia do campus: Caio Ferraz e Matheus Rocha.
Vídeo veiculado para a primeira semana:
Cartaz exposto: