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Educar para a Alteridade: projeto no Ifal Palmeira discute pluralidade e direitos humanos
O Instituto Federal de Alagoas (Ifal) – Campus Palmeira dos Índios desenvolveu, ao longo dos últimos dois meses, o projeto "Educar para a Alteridade", conduzido pelo professor de Literatura e Língua Portuguesa Luciano Azevedo, doutor em Linguística e Análise do Discurso. A iniciativa promove reflexões sobre diferenças sociais, pluralidade étnico-social, tolerância, direitos humanos e democracia a partir da análise da propaganda nazifascista na Alemanha.
Inspirado em sua tese de doutorado, na qual analisou o discurso da propaganda do Terceiro Reich, Luciano Azevedo destaca a importância do projeto no atual contexto brasileiro e mundial.
"O projeto é relevante para a conjuntura atual, pois proporciona uma reflexão necessária sobre valores democráticos e o perigo dos discursos autoritários. A proposta começou no Campus Maragogi, onde os alunos analisaram narrativas de sobreviventes do Holocausto e produziram cartazes sobre eventos históricos como a Noite dos Cristais e a perseguição a minorias. Agora, no Campus Palmeira, trabalhamos essas questões por meio de debates e leituras."
Os estudantes participaram das ações, que incluíram discussões sobre o livro "Tolerância", além de análises sobre discursos extremistas e seus impactos históricos e sociais.
Próximos passos
Para o próximo ano, Luciano Azevedo pretende expandir o projeto no Ifal Palmeira dos Índios. "Nos primeiros anos, repetiremos a abordagem inicial, e nos segundos anos aprofundaremos o significado da democracia e dos valores democráticos."
O diretor-geral do Ifal Palmeira dos Índios, professor Roberto Fernandes, elogiou a iniciativa:
"Projetos como esse são fundamentais para a formação crítica dos nossos estudantes. Refletir sobre momentos da história que evidenciam os perigos da intolerância e do autoritarismo contribui para que possamos construir uma sociedade mais justa e democrática. O Ifal está comprometido em incentivar esse tipo de debate."
Os resultados da exposição realizada no Campus Maragogi foram enviados para o Yad Vashem, instituição israelense responsável pela preservação da memória do Holocausto. O material foi bem recebido e elogiado pelos responsáveis.