Você está aqui: Página Inicial > Campus > Palmeira dos Índios > Notícias > Conjunto de ações fortalecem a acessibilidade no Campus Palmeira dos Índios
conteúdo

Notícias

Conjunto de ações fortalecem a acessibilidade no Campus Palmeira dos Índios

por Bruno de Oliveira Andrade publicado: 08/09/2022 17h38, última modificação: 08/09/2022 17h42

A fim de assegurar a acessibilidade de pessoas com deficiência visual e de mobilidade, foram finalizadas as obras de instalação de piso tátil, placas de sinalização e placas com indicações em braille nos diversos espaços do Campus Palmeira dos Índios do Instituto Federal de Alagoas (Ifal). Depois de um longo processo e do trabalho de diversas equipes envolvidas, o Campus Palmeira passa a contar com estruturas mais adequadas para a circulação de pessoas cegas, com baixa visão ou com dificuldades de mobilidade.

Em relação às placas de sinalização, o Campus Palmeira passou a contar com ampla variedade de informações visuais acessíveis para a sua comunidade acadêmica. São diversos painéis informativos nas recepções, corredores, entrada de prédios, salas de aula, salas de reunião, laboratórios, entre outros espaços. Ao todo, foram instaladas 110 placas de identificação nas portas das salas do Campus Palmeira dos Índios, além de outras 125 placas táteis em braille.

Instalação de piso tátil emborrachado nos corredores internosEm relação ao piso tátil, tanto os corredores externos quanto os ambientes internos do Campus passaram a contar com essa estrutura de acessibilidade. Nos corredores internos, foram instalados 230 metros quadrados de piso tátil emborrachado. Nas áreas externas, foram instalados 86 metros quadrados de piso tátil, adequados às intempéries ambientais.

Os pavimentos do Campus receberam identificação visual e com acessibilidade em braille. Foram instalados três mapas táteis que possibilitarão a pessoas cegas e com baixa visão identificar os diversos ambientes de cada pavimento do Campus Palmeira. Também foram instalados nos corrimões do Campus mais de 200 pontos sinalizações em braille, com informações importantes para a superação das barreiras arquitetônicas.

O professor Flávio Anderson Pedrosa de Melo, coordenador do Núcleo de Atenção às Pessoas com Necessidades Específicas (Napne) do Campus Palmeira dos Índios, diz que foi realizado um amplo esforço para a implementação de diversas estruturas de acessibilidade na unidade. Reitoria, Direção Geral, núcleos do Campus, setores acadêmicos e administrativos, servidores, profissionais terceirizados atuaram de forma integrada e comprometida para a conclusão da sinalização no Campus.

“A acessibilidade é fundamental para a inclusão escolar, seja a acessibilidade digital, seja a acessibilidade arquitetônica. É o caso aqui do Campus Palmeira dos Índios. Estamos tentando derrubar todas as barreiras arquitetônicas que venham a impedir a acessibilidade de alunos com deficiência visual ou deficiência física que venham chegar ao nosso Campus”, destacou o professor Flávio Melo.

Desafios

O estudante Antônio Gabriel, do curso Integrado em Segurança do Trabalho, celebra a instalação das estruturas de acessibilidade no Campus. Aluno do segundo ano, Antônio é atualmente o único estudante cego do Ifal em Palmeira dos Índios. De acordo com o discente, as ações realizadas asseguram mais autonomia para pessoas cegas, com baixa visão e com limitações de mobilidade.

Antônio Gabriel (ao centro) destacou a importância da acessibilidade“Quando eu cheguei no Campus não havia nenhum mecanismo que, de fato, se relacionasse a acessibilidade. Havia rampas para pessoas com deficiência motora, mas era só isso mesmo. Com a minha chegada, foi instalado o piso tátil e as placas de sinalização das salas. Foi realmente um avanço, consigo me locomover com mais independência”, pontuou.

Para Antônio, além da superação das barreiras arquitetônicas, o grande desafio está relacionado ao que acontece dentro da sala de aula, já que o Campus ainda não conta com profissionais capazes de transcrever o braille, nem com monitores que possam acompanhar estudantes cegos ou com baixa visão durante as atividades pedagógicas.  

“O grande calcanhar de Aquiles do Campus é nesse sentido, de acessibilidade na aprendizagem”, destaca o discente.

A fim de resolver a situação em definitivo, a Pró-Reitoria de Ensino (Proen) do Ifal informa que está em fase de finalização de processo para viabilizar a contratação de profissionais especializados visando garantir a inclusão escolar de estudantes com necessidades específicas. De acordo com a Proen, serão oferecidos serviços de tradução/interpretação em libras, revisão/transcrição em braille, serviços de cuidador/a voltado/a à educação especial e atendimento educacional especializado.

Atualmente o Ifal tem 108 estudantes com necessidades específicas matriculados/as e que estão sendo acompanhados/as pelos Núcleos de Atendimento a Estudantes com Necessidades Específicas (NAPNEs) presentes nos Campi. Entre esses/as estudantes com deficiência, 13 têm algum tipo de deficiência visual.