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Conheça Filipe Porfírio: 1º lugar no Exame de Seleção em Palmeira dos Índios

por Monique de Sá publicado: 15/01/2018 10h33, última modificação: 15/01/2018 10h33

Por: Monique de Sá

Ele tem 14 anos, adora futebol e jogos de computador. Seria o típico adolescente de sua idade, não fosse uma grande conquista: Filipe Porfírio Barros é primeiro lugar no Exame de Seleção 2018.1 do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) de Palmeira dos Índios. Filipe empatou com o primeiro lugar geral, mas devido a critérios de desempate, ele ficou em segundo lugar geral em todo o estado, num total de oito mil inscritos. De 40 questões, o garoto obteve 36 pontos, o que equivale a um índice de 90% de acertos.

O curso escolhido foi o de Edificações, devido à paixão pela Matemática. Nascido e criado em Palmeira dos Índios, ele estudou sua vida inteira em uma escola particular da região. Quanto ao sonho de passar no Ifal, ele se diz realizado. “Estou muito feliz por meu esforço ter sido contemplado com a minha classificação e com esse resultado. Esse é só o primeiro passo da carreira que quero construir”, conta o menino.

Quanto à rotina de estudos, Filipe explica que além das aulas na escola, ele costumava tirar de três a quatro horas durante a noite para se dedicar ao Exame. “Matemática e Atualidades eu tenho mais facilidade. Por ter mais dificuldade em Português, foquei mais nessa disciplina. Geralmente começava às 19 horas e seguia até as 22 horas. Quando a prova foi se aproximando, eu acrescentei uma hora”, ressalta.

Além de responsável com os estudos, Filipe impressiona, pela pouca idade, ao lembrar que sua conquista se deve principalmente ao apoio de seus pais. No futuro, ele diz que pretende ser um engenheiro civil.

“Quando olho para eles, o sentimento é de gratidão e de amor por tudo que eles fizeram por mim. É uma alegria grande poder dar esse orgulho aos meus pais, por isso pretendo continuar alcançando meus objetivos nos estudos”, diz Filipe.

Vitória em família

Geovane Barros e Cleilsa Porfírio são pais de Filipe. Além dele, eles têm outra filha Geovana Porfírio Barros, 17 anos. Orgulhoso de seu “troféu”, Geovane conta que na adolescência sonhava em cursar Eletrotécnica na antiga Escola Técnica, mas por falta de condição de seus pais, não pôde realizar este sonho.

“Na época não existia a escola em Palmeira, só em Maceió. Como meus pais não tinham condições de me colocar na capital, tive que abandonar esse sonho, mas hoje me sinto realizado ao ver meu filho chegando tão longe. Digo isso pela dimensão que é o Ifal em Alagoas, tanto pela quantidade de cursos, quanto pela quantidade de candidatos inscritos nos exames”, afirma Geovane, que é professor de História.

Funcionária pública aposentada, Cleilsa lembra que desde pequeno Filipe gostava de se destacar em sala de aula.

“Ele sempre pedia para eu fazer simulações de provas para que pudesse estudar. Quando ele não conseguia acertar todas, ficava bem irritado. Eu explicava que o objetivo era absorver o conteúdo e não fechar a prova. Filipe nunca precisou de reforço e o que eu pude fazer por ele, eu fiz. A partir do oitavo ano, os assuntos foram ficando mais difíceis e eu disse que ele teria que se virar sozinho, mas sempre fiquei acompanhando seu rendimento”, afirma Cleilsa.

Emocionada, ela finaliza dizendo que Filipe superou até mesmo as suas expectativas. “A gente dá o estímulo e incentivo, mas às vezes não é correspondido. No caso do Filipe, ele correspondeu as nossas expectativas mais do que eu esperava. Estamos muito felizes! Só peço a Deus que ele continue nesse caminho. Sempre querendo mais!”, orgulha-se.