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Com diálogo aberto e peça sobre suicídio, Ifal Palmeira encerra ações para Setembro Amarelo

Evento foi realizado no auditório do campus nesta quinta, 26

por Monique de Sá publicado: 27/09/2019 12h07, última modificação: 27/09/2019 12h15

Uma roda de conversa, um diálogo aberto entre profissionais especializados com os estudantes do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), campus Palmeira dos Índios e uma peça teatral produzida pelo grupo TeatrIfal. Assim foi marcada a culminância e o encerramento das atividades voltadas ao Setembro Amarelo da unidade de ensino, realizado nesta quinta, 26. O mês de setembro é marcado nacionalmente como mês de prevenção ao suicídio.

f1.jpgNo Ifal Palmeira, esta foi a oportunidade de chamar atenção para uma questão de saúde pública, no entanto, as ações são feitas durante todo o ano através do atendimento aos estudantes dos setores da Assistência Estudantil como: Serviço Social, Saúde e Psicológico. Estiveram à frente da roda de conversa: a psicóloga do campus, Fátima Carnaúba; a técnica em Enfermagem, Celsa Tenório; e a convidada especial, a psicóloga e professora, Laís Macedo.

A todo o momento as profissionais provocaram os adolescentes para fomentar o debate e ouvi-los acerca de seus anseios, dúvidas, opiniões, etc. Em sua fala, Celsa trouxe uma explicação científica para a importância do equilíbrio orgânico no ser humano e redução de níveis de stress e ansiedade.

f3.jpgOs neurotransmissores são responsáveis por equilibrar os sinais entre neurônios e células do corpo. Adrenalina, dopamina, serotonina… cada uma tem uma função específica. A noradrenalina, por exemplo, responde no controle da pressão arterial. A pessoa com crise de ansiedade tem um aumento súbito dessa pressão. É importante ressaltar que tanto o excesso quanto a falta deles causará um desequilíbrio, o que pode levar ao comportamento suicida”, explica a técnica.

Fátima lembrou que mudanças bruscas comportamentais também devem servir de alerta e citou alguns fatores de proteção e de risco. “As polaridades chamam atenção da gente. Aquele que aparenta extroversão, alegria pode estar escondendo algo, assim como aquele que demonstra apatia. Às vezes quando estamos em uma situação difícil, sem perspectivas, nosso corpo começa a mostrar nas dores físicas o que somatizamos”, ressalta.

f5.jpgJá Laís trouxe dados e lembrou que a taxa de suicídios consumados é maior na faixa etária entre 14 a 21 anos.

Isso envolve uma série de fatores de riscos que estão ligados às pressões típicas dessa fase. Eles são pressionados a se posicionar em relação à sua identidade, à sua sexualidade, à sua profissão. O jovem tem que decidir o que vai fazer no futuro como se aquela escolha não pudesse ser modificada e carrega o peso de que a identidade construída na adolescência jamais poderá ser mudada. São essas pressões que influenciam nos altos índices de suicídio, pois acarretam depressão, ansiedade, entre outros fatores”, explana Laís.

Eu tenho uma história para você!”

A convite da equipe de Assistência Estudantil do campus para participar da programação do Setembro Amarelo, o professor do Ensino das Artes, Daniel Cavalcanti, incentivou seus alunos do programa de extensão Artifal a produzirem a peça teatral: “Eu tenho uma história para você!”. 

f9.jpgOs estudantes desenvolveram uma narrativa em que é trazida uma conversa entre um grupo de amigos de uma escola. Eles conversam sobre sua visão acerca do estado mental de um colega que se suicidou, e também lembram seu último momento com ele, além de mostrar perspectivas individuais sobre temas sensíveis como o próprio suicídio e a depressão.

Tanto a montagem quanto a direção foram coletivas, aproveitando as ideias e opiniões de todos os envolvidos do grupo. Cada personagem foi escrito de modo a representar cada um os mitos e tabus que envolvem esse assunto, e o objetivo da peça é justamente evitar que a situação retratada se repita. Quanto aos atores, temos alunos dos cursos de Edificações, Eletrotécnica, Informática e Segurança do Trabalho nos papéis principais”, conta Yasmin Ferreira, uma das responsáveis pela montagem.

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