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Campus Palmeira mais uma vez é finalista de Feira de Ciências e Engenharia da USP

por Monique de Sá publicado: 21/01/2019 14h57, última modificação: 21/01/2019 15h04

O Instituto Federal de Alagoas (Ifal) de Palmeira dos Índios sai na frente mais uma vez e é finalista da 17ª Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), realizada pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP). Em Alagoas, dos 45 projetos de pesquisa enviados, apenas sete foram selecionados, dentre estes, está o coordenado pelo professor de Química do campus, Carlos Jonnatan Pimentel. A Febrace deste ano está prevista para ocorrer nos dias 19, 20 e 21 de março e pretende reunir estudantes da educação básica, através do desenvolvimento de projetos com fundamento científico.

Elma e o professor Carlos.jpgAlém dele, a pesquisa intitulada: “Avaliação da atividade inseticida de extratos orgânicos da Jatropha Gossypiifolia (pinhão-roxo) frente ao Aedes aegypti e Sitophilus Zeamais” tem como componentes os alunos Pedro Almeida (Informática), Elma Marques (Edificações) e Lorena Beatriz Costa (Eletrotécnia), sob coorientação da doutoranda na UFPE, Camila Soledad de Lira.

De nome curioso, o trabalho busca demonstrar que extratos do pinhão-roxo podem ser utilizados como inseticidas naturais para controle do Aedes aegypti (popularmente conhecido como mosquito da dengue) e do Sitophilus zeamais (gorgulho do milho), já que o controle desses insetos, na maior parte das vezes, é feito através de inseticidas sintéticos, ocasionando danos ao meio ambiente.

Olhando para um viés econômico, no Brasil, esses insetos trazem danos nos setores do agronegócio e da saúde pública, por isso, segundo a aluna Elma, um dos objetivos da pesquisa é minimizar essas perdas. “Para isso, utilizamos uma planta que muitas vezes é menosprezada por várias pessoas: o pinhão-roxo. Típica do estado Aluna Elma.jpgde Alagoas, a ideia de utilizá-la partiu de um outro colaborador do projeto: Pedro. Seu intuito era homenagear a avó que fazia uso dessa planta e a partir daí iniciamos pesquisas acerca de que forma usá-la neste combate”, explica.

O projeto começou a ser desenvolvido em meados de 2017 e os resultados obtidos comprovam a eficiência do pinhão-roxo como inseticida. “Alcançamos taxas de mortalidade de mais de 90% utilizando o extrato de suas folhas, porém a pesquisa ainda não está visando uma forma de aplicação. Este é um objetivo futuro e que necessita de alguns testes os quais ainda não foram realizados”, adverte Elma.

Sobre a sua primeira vez na Febrace a aluna mostra bastante empolgação quanto à sua participação e também seu amor à Ciência. “Estou bastante animada! A Febrace é a maior Feira de Ciências do Brasil. Sempre tive muita vontade de participar. Fiquei muito emocionada quando vi o trabalho como um Pesquisas.jpgdos finalistas, afinal sou apaixonada por pesquisa. É aquela história: 'Por que ser princesa quando eu posso ser cientista?”, brinca a garota.

O projeto já foi apresentado em outros eventos de cunho acadêmico, a exemplo do 57° Congresso Brasileiro de Química, em 2017, que ocorreu em Gramado (RS), da Experiment AL (feira estadual que ocorreu ano passado em Maceió, junto à Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - SBPC), evento nacional. Além disso, a pesquisa também foi aprovada em 2018 na Feira Nordestina de Ciências e Tecnologia (Fenecit) e na Experiência Beta que ocorreu no Rio Grande do Sul.

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