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Campus Palmeira dos Índios forma primeira turma de Engenharia Civil do Ifal

Em solenidade de colação de grau, o clima foi de emoção e saudosismo

por Monique de Sá publicado: 22/09/2018 18h30, última modificação: 23/09/2018 20h07

No ano em que completa 25 anos, o Instituto Federal de Alagoas (Ifal), campus Palmeira dos Índios, tem mais um motivo para comemorar. 21 de setembro de 2018. Data em que marca o término de um ciclo para 18 ex-alunos e agora engenheiros civis da primeira turma do curso formada pela instituição. A solenidade de colação de grau representa também o início de uma nova jornada para eles que a partir de agora estarão aptos para o mercado de trabalho.

IMG-20180921-WA0056.jpgO curso de Engenharia Civil foi implantado em 2013, à época foi um desafio tanto para o Instituto, quanto para os alunos ingressantes. A professora que dá nome à turma: Sheyla Karolina Justino Marques conta que em 2010, ano que entrou para a instituição já se discutia a criação do curso. “Pude participar desde o início e a sensação hoje é de dever cumprido. Lembro quando eles chegaram com aquele semblante de ter que lidar com algo novo e pude perceber toda a evolução deles ao longo desses cinco anos”.

Sobre a homenagem feita pelos alunos, ela afirma se sentir honrada e também um pouco mãe de todos eles: “essa escolha faz ratificar ainda mais que ser docente é uma missão escolhida para minha vida, é o caminho onde me enxergo totalmente realizada em minha profissão. Estamos entregando hoje profissionais altamente qualificados e comprometidos. Sei que desenvolverão com maestria a Engenharia”, emociona-se.

Durante a solenidade, em seu discurso, o reitor do Instituto, Sérgio Teixeira tratou da importância do amor nas relações e de o quanto o campus Palmeira traz orgulho para o Ifal. “Como gestor, coloco o amor à frente de tudo e digo a vocês que façam o mesmo: coloquem o amor e percebam sempre que no outro lado há seres humanos. Sejam felizes nesta profissão e procurem se capacitar cada vez mais. Ter um formando (José Diogo Barbosa) aqui que hoje que já é professor da Instituição mostra a qualidade do curso”, elogiou.

Processo de Implantação

O sonho de implantar o curso de Engenharia Civil teve início em meados de 2009, quando a instituição ainda ofertava o Tecnólogo em Construção de Edifícios. Com o passar dos anos e também com o progresso dos cursos técnicos integrados, a ideia foi sendo amadurecida. À época, foi construído um projeto inicial, liderado pela professora Edja Laurindo. Assim, um grupo de docentes do campus deu início a visitações em outros institutos e universidades para que construísse  um parâmetro.

A diretora-geral, Ana Quitéria Menezes, presente a todo momento nestas ideias iniciais, explica que o perfil do curso foi elaborado com a ajuda de toda a comunidade: “docentes, técnicos administrativos e alunos, apoiados pela Reitoria, sem falar na participação da Coordenadoria Pedagógica que foi importante na formatação e juntos eles construíram esse arcabouço para chegarmos até aqui, com novas ideias para melhorar ainda mais o curso. Afinal, toda formação está sempre em construção e diante de tudo que vivemos, o intuito é aperfeiçoá-lo cada vez mais”, esclarece a gestora.

Isabela.jpgHistórias Inspiradoras

Todos os dias, Isabela dos Santos acordava às 4h30 da manhã e saia da cidade de Arapiraca com destino ao campus Palmeira. Graças a uma indicação do coordenador do seu colégio quando ela ainda era do Ensino Médio e por se identificar com a área de exatas, Isabela decidiu fazer o curso de Engenharia.

“Apesar de não ser um curso fácil, foram cinco anos de muito aprendizado. No momento, já estou trabalhando em uma obra para uma empresa. É uma área que pretendo crescer cada vez mais, obter mais conhecimentos e no futuro fazer uma especialização e um mestrado”, reflete a engenheira.

20180921_201339.jpgA história de João Marcos é mais antiga junto ao Instituto. O extinto curso de Redes foi a porta de entrada para ele. Em sua bagagem acadêmica, João carrega viagens para diversos estados do país, como: Paraíba, Pernambuco, Piauí e até uma viagem internacional para a Grécia, local onde pôde apresentar um trabalho na linha de materiais de construção, fruto do grupo de pesquisas orientado pela docente Sheyla.

“Acredito que o aluno do Ifal é diferenciado por todos esses fatores. Não temos uma base só formada em Estrutura, Construção Civil ou em Solos. Temos ótimos professores, laboratórios muito bons em todas as áreas e isso faz com que estejamos preparados para atuar no mercado. São muitos pontos fortes do curso que levam a sermos um engenheiro mais completo”, diz João

Mal saiu dos bancos da academia e João já foi contratado pela Prefeitura Municipal para atuar em sua formação. “Não passei um mês em casa e como já estagiava, recebi o convite para ser cargo comissionado”, conta. As conquistas não pararam por ali, afinal, ele foi um dos seis alunos do curso aprovado no último concurso para docentes do Ifal.

“Fiquei em sexta posição e tenho esperança em ser chamado. Os próximos passos serão a especialização e a procura de novos conhecimentos para quem sabe daqui a dois ou três anos eu retorne ao Instituto como docente, ajudando a construir um curso cada vez melhor”, ressalta o ex-aluno que recentemente passou em 2º lugar geral para o mestrado na área de Estruturas.

IMG-20180921-WA0067.jpgPresenças

Estiveram presentes na solenidade: o reitor do Ifal, Sérgio Teixeira; a diretora-geral, Ana Quitéria Menezes; o pró-reitor de Desenvolvimento Institucional e paraninfo, Carlos Guedes; o diretor de ensino, Maurício Ricardy; o coordenador do curso, Rodrigo Lustosa; o prefeito de Palmeira dos Índios e padrinho da turma, Júlio Cézar da Silva; a chefe de departamento de Ensino Superior e patronesse, Sheyla Marques; os professores homenageados, Edja Laurindo, Jesimiel Pinheiro e Cláudio Bergamini; além de outros docentes, técnicos administrativos, amigos e familiares dos formandos.

Fotos: Diego Wendric (Prefeitura Municipal de Palmeira dos Índios)